Recentemente, Inês Herédia marcou presença no programa "Donas da Casa", emitido pela Antena 3, e, numa espécie de retrospetiva profissional, a atriz, de 34 anos, contou que já foi discriminada em contratos de publicidade por ser lésbica, por "marcas de vários tipos", como alimentação e bebés.
"Nunca te dão essa explicação. Mas tens três pessoas para serem escolhidas, depois reduz para duas, de repente já és só o único perfil que encaixa exatamente no que eles querem, e depois não ficas. Achas estranho. Depois, acabam por não pôr ninguém e vai uma modelo. Depois, passado dois anos descobres o porquê", revelou.
"Chegávamos ali ao mês de junho e eram sete, oito, nove marcas a querer fazer a comunicação do mês Pride [mês temático em que é dada uma especial atenção à emancipação e aceitação, entre outros, de gays e lésbicas]. O seres gay friendly não é só no mês Pride. Em junho, de repente, vês todas as figuras públicas a porem bandeiras, mas cada vez que sai uma notícia de que uma mulher foi assassinada na Venezuela por ser lésbica, ou que o casamento gay agora é legal na Tailândia, não vês nenhuma a partilhar que não seja gay. Faz-me confusão. Agora, tenho muito cuidado com as marcas às quais me associo. Há responsabilidade aí. Recebo muitas mensagens de jovens LGBT e 90% delas são sobre problemas específicos que estão a atravessar, como estarem com medo de contar à família, serem expulsos de casa, etc", acrescentou.
Em relação ao meio televisivo, Inês Herédia afirmou que ainda existe alguma discriminação e alguns estereótipos: "Tudo o que envolve câmara, seja televisão ou cinema, não é assim tão aberto. Principalmente para os homens. A partir de um momento em que um ator homem tem alguns trejeitos mais femininos, automaticamente acreditam que este ator não é capaz de fazer uma personagem com uma expressão de género mais masculina, como um galã, por exemplo."
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