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Francisco Monteiro lamenta: "É uma transição muito difícil"

Em conversa com Zé Lopes e Merche Romero, Francisco Monteiro abriu o coração.

A vida de uma pessoa muda completamente com a participação num reality show. Que o diga Francisco Monteiro, o vencedor do "Big Brother 2023", da TVI.

"É uma transição muito difícil, ninguém tem as bases necessárias. Todos os vencedores, que têm essa projeção, passam muito mal cá fora. As pessoas sabem o que eu passei, há outras que escondem, mas é uma transição muito difícil", começou por dizer, recentemente, em conversa com Zé Lopes e Merche Romero.

"Eu tenho um feitio em que acabo por me fechar mais. Acabei por me isolar. Quando digo isolar, foi isolar-me, até, das pessoas que são mais próximas de mim. Nem sequer queria olhar para o telemóvel", continuou Zaza, como é carinhosamente tratado.

"Há muita coisa, neste novo mundo, que me faz imensa confusão. Assumo que sou das piores pessoas a lidar com isso. É uma revolta interior muito grande. Acabo por cultivar toda essa parte negativa que me vai entrando diariamente. Eu lido muito bem com todos os comentários que nos são dirigidos nas redes, mas lido bem com isso se houver uma cara, se tiver alguém a assumir. Lido muito bem com a crítica que me fazem na rua. O que não consigo perceber é como é que não há uma regulação em Portugal para tudo aquilo que se vai dizendo, diariamente, sobre todos nós. Insultos diários. Pessoas que a única coisa que fazem é manchar a imagem das outras", vincou Francisco Monteiro.

"Realmente, o mais difícil é como comentador. A minha vertente como concorrente é muito simples, porque quando entrei fui exatamente como sou cá fora. A única coisa que tentava controlar eram os impulsos. O que me custa mais é na vida real, o escrutínio", confidenciou, ainda, o jovem nortenho.

"Enquanto comentador, tenho cuidado com as palavras. Mas as pessoas têm de compreender que todos conhecemos um bocadinho de cada um. Há muita coisa que é dita por pessoas que não estão ligadas ao programa, espectadores, que têm de compreender que nós sabemos muito mais do que eles. Sabemos muito da vida uns dos outros", rematou.

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