Filipe Salgueiro está prestes a estrear uma nova peça de teatro. Chama-se "Fingidor de Poemas" e é um monólogo.
"Vou estar sozinho em palco. O texto é escrito por 20 autores portugueses, todos diferentes. Vai desde a poesia à prosa e passam pela comédia, drama, terror e suspense", começou por dizer o artista, em conversa com a SELFIE.
No guião do espetáculo, há um ponto comum. "O contraste entre a inteligência artificial e a inteligência emocional, com um tom irónico e agridoce da dúvida. Será que a inteligência artificial irá, efetivamente, substituir os humanos? E, afinal, o que é isso de se ser humano?", continuou.
"Tudo isto, cruzado com o teatro japonês Kabuki, do século XVII, no qual eu visto e mudo de
maquilhagem 20 vezes em cada contexto. É muito frenético e simula uma batalha samurai, entre a palavra do poeta e a perfeição da inteligência artificial", referiu, ainda, Filipe Salgueiro.
"A peça segue as eternas palavras de Fernando Pessoa, que dizia que o poeta é um grande fingidor, que finge a dor que não sente. Fazendo aqui uma comparação entre a dor e alegria que um poeta finge que sente para escrever e a mesma dor e alegria que um ator inflige a si próprio para estar em palco. No final, fica a eterna questão: vamos continuar a fingir?", contou o ator.
O espetáculo vai estrear-se no próximo dia 7, no auditório da Costa da Caparica. "Continua nos dia 8 e 9. Os 20 autores dos textos, que fazem parte da Editora - Arte e Poesia OZ, lançados no Coliseu dos Recreios, vão estar presentes. De seguida, a peça irá para Madrid, em Espanha, onde será apresentado no Círculo das Artes de Madrid, a convite do CIESART, que este ano me condecorou na área do teatro português. Trata-se de uma condecoração que me deixa muito orgulhoso. A cerimónia será em Madrid, no próximo mês de dezembro", confidenciou.
Veja, agora, a imagem da peça.
