De acordo com uma carta endereçada pela União Europeia de Radiodifusão ao executivo comunitário, divulgada pelo vice-presidente Margaritis Schinas na rede social X, houve "certos desafios" na organização do festival que este ano se realizou na cidade de Malmo, na Suécia.
"Gostaríamos de clarificar que nunca houve proibição da bandeira da União Europeia no Festival Eurovisão da Canção e isso foi visível nas edições anteriores", advertiu o organismo audiovisual.
A utilização de bandeiras durante o festival, quase sempre pelas pessoas na plateia, é "baseada na abordagem positiva, uma lista inclusiva de bandeiras dos países participantes e também a bandeira arco-íris" (alusiva à comunidade LGBTQIA+).
"Na edição de 2024, por causa do contexto político global sensível e de riscos de segurança sérios no recinto, a lista de bandeiras permitidas, assim como outras políticas de segurança, foi aplicada de uma maneira mais restritiva", completou a União Europeia de Radiodifusão.
"Queremos assegurar que nunca foi a nossa intenção desacreditar a bandeira da União Europeia como um símbolo importante da unidade e solidariedade europeia, e asseguramos-lhe que vamos fazer uma revisão da nossa política no próximo ano", finalizou o diretor-geral, Noel Curran, que assina a missiva.
Recorde-se que Nemo, em representação da Suíça, com o tema "The Code", foi o grande vencedor do Festival Eurovisão da Canção 2024, com 591 pontos. A edição deste ano ficou marcada por várias polémicas, desde a contestação à presença de Israel e a exclusão do concorrente dos Países Baixos.
Portugal foi representado por Iolanda e o tema "Grito", que ficou em 10.º lugar.