Entrevistas

Encena, representa e canta! Diogo Infante abraça projeto surpreendente: "Estou confiante"

A SELFIE esteve à conversa com Diogo Infante sobre o mais recente projeto do ator.

Surpreendente. Assim é a peça de William Shakespeare "Sonho de uma Noite de Verão" que, a partir do próximo dia 21, estará em cena no Teatro da Trindade, com encenação e participação de Diogo Infante.

A SELFIE esteve à conversa com o ator, depois de ter assistido a um ensaio do espetáculo.

"Espero bem que seja um sucesso, é para isso que estamos a trabalhar, sobretudo, com muito empenho, entusiasmo e com este elenco muito talentoso. Ainda falta ultimar uns detalhes, mas estamos a uma semana da estreia. Por isso, estou muito otimista. A minha expetativa é alta. Já temos muitos bilhetes vendidos. Acho que, aqui, no Teatro da Trindade, conseguimos conquistar a confiança de um público regular. Os espetáculos têm tido muito sucesso e, portanto, temos esse crédito. Só espero não desiludir as pessoas. Mas acho que elas vão sair daqui a bater o pé", começou por dizer o artista, em conversa com os jornalistas.

Diogo Infante admitiu que ainda não se permite "ter nervos". "Não são bens os nervos, é mais a responsabilidade. Ainda nem me permito ter nervos. Mas estou confiante, não estou muito preocupado", prosseguiu.

Na peça, o ator dá vida a um divertido artesão, chamado Meadas, que, além da comédia, também tem jeito para cantar.

"Se soubesse o que sei hoje, talvez não me tivesse aventurado [risos]. Devo dizer, em minha defesa, que eu sou a minha terceira escolha. Os outros dois atores que convidei estavam muito ocupados [risos]. Mas, ainda assim, a gestão foi feita com muito rigor e com muito trabalho prévio, para garantir que tudo corre bem. Quero, nesta semana que falta, sair da frente do palco e ir lá para trás ser, apenas, ator como os outros", revelou, sobre a tarefa de conciliar a encenação com a representação.

"Adoro cantar. Não me é tão natural como representar e não sou tão bom cantor, acho eu, como ator. Mas faço-o com muito entusiasmo", continuou.

"Não tenho preferências, gosto de alternar. Quando faço uma comédia, a seguir gosto de fazer um drama. Não sou especializado em nada, mas gosto muito de fazer comédia, divirto-me muito. Mas o que mais me entusiasma é poder participar num projeto tão alegre e feliz. Esta peça faz uma ode ao amor. O importante é viver, 'amar é que é preciso'. A peça tem todas essas camadas. Fazer parte desta peça, é um prazer acrescido", frisou.

De seguida, Diogo Infante explicou o porquê de trazer este espetáculo para o Teatro da Trindade. "Interpretei esta peça em 1991 e adorei. Sabia que, um dia, haveria de voltar à peça. Há cerca de dois anos, comecei a pensar no assunto e pensei: 'Mas não basta voltar ao texto. Deveria voltar com mais alguma coisa'. Tinha ido a Londres, ver o 'Moulin Rouge' e pensei: 'E se eu fizesse isso? Fizesse o cancioneiro português, música popular e misturasse com Shakespeare e fizesse uma colagem maluca?'. Comecei à procura de temas que tivessem esta referência do amor, do sonho, da floresta, da magia. E comecei a montar o puzzle, com a cumplicidade do Artur Guimarães, que é o diretor musical. Acabámos por construir este musical, se lhe quisermos chamar assim, com estas referências todas, que é, certamente, uma piscadela de olho a pessoas de várias gerações. Mas é, sobretudo, uma oportunidade de passarmos uma noite muito divertida", explicou.

O artista garantiu que "foi muito fácil" reunir o elenco, composto por nomes como Sara Matos, Cristóvão Campos, Soraia Tavares, Mariana Pacheco, Miguel e Ricardo Raposo. "Já tinha trabalhado com a maior parte deles. Quando lhes lancei o repto, ficaram todos entusiasmados, de olho a brilhar", disse.

Por fim, Diogo Infante admitiu que, para já, olha para o percurso que tem trilhado com prazer, deixando o orgulho para depois, "quando estiver reformado".

"É um prazer, sobretudo. Orgulho é um sentimento que talvez tenha mais tarde, quando estiver reformado e olhar para trás e pensar: 'Tenho muito orgulho no que fiz'. Agora, ainda estou demasiado envolvido e a pensar nas responsabilidades todas que tenho. Portanto, não dou nada por adquirido. A sorte conquista-se, trabalha-se e trabalha-se com muito talento à volta. É isso que procuro fazer, sempre. Rodear-me de pessoas talentosas", rematou.

Veja, agora, como foi o ensaio.

 

 

 

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