O cantor David Carreira é o protagonista da nova campanha da Make-A-Wish, a organização sem fins lucrativos que realiza "desejos a crianças e jovens, dos três aos 17 anos, em todo o território nacional, com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas, proporcionando-lhes um momento de força, alegria e esperança", pode ler-se no site da mesma.
Em declarações exclusivas à SELFIE, a diretora executiva da fundação, Mariana Carreira, deixou vários elogios ao artista por este ter aceitado prontamente ajudar a Make-A-Wish.
"O David é a personalidade portuguesa que mais desejos realizou, individualmente, a crianças da nossa instituição. Ao longo de dez anos, já realizou 15 desejos e está a ajudar-nos nesta campanha institucional que estamos a desenvolver para poder chegar aos dez milhões de portugueses. Essa é a grande ambição, porque ainda há muitos portugueses e crianças, a quem a Make-A-Wish poderia marcar a diferença, que não nos conhecem", começou por nos dizer.
"Ele disse-nos logo que sim, que ia ajudar-nos. Tem sido incrível. Ele consegue sempre tempo para a Make-A-Wish e, quando está com as nossas crianças, está de corpo e alma, a 100%. É uma ajuda ótima. Este ano, pretendemos chegar aos 200 desejos", findou.
A SELFIE esteve, ainda, à conversa com o filho mais novo de Tony Carreira sobre esta causa nobre que abraçou.
- Sabemos que a sua ligação à Make-A-Wish já dura há cerca de dez anos. Qual o sentimento de fazer e ver crianças a sorrir só por terem a oportunidade de o conhecer?
Fico muito feliz. A campanha que gravámos agora é muito parecida com um dos sonhos que realizei. No meu primeiro concerto no Altice Arena, o Martim subiu ao palco e, agora, gravando esta campanha, fez-se um flashback na minha cabeça. Fiquei muito feliz por ver que já realizei alguns sonhos e tive a possibilidade de, através de uma forma que não custa nada, poder tornar estas crianças mais felizes e dar-lhes um momento de alegria.
- Fale-nos desta campanha.
Esta campanha dá a possibilidade aos mais pequenos de poderem sonhar. É a história de uma criança que estava a ver um concerto meu e que, de repente, é levada pela energia do público, em crowd surfing [é o processo no qual alguém é passado por cima das cabeças de várias pessoas durante um concerto, transferindo a pessoa de uma parte do recinto para outra], para o palco, para me conhecer ali, naquele momento. Por isso é que me faz lembrar o Martim, porque é muito parecido, apesar de não ter sido em crowd surfing. Acho que ficou muito giro e espero contar com vários miúdos mais novos, nesta última tour, e poder levá-los aos concertos, de poder estar com eles também.
- Sente que, enquanto figura pública, tem o dever de abraçar este tipo de causas para que haja uma maior consciencialização de certas temáticas na sociedade?
É a responsabilidade de qualquer figura pública. Quando temos a possibilidade de fazer aquilo de que gostamos e nos faz feliz, não custa nada trazer felicidade para as outras pessoas, também. Tento sempre fazer isso. Sempre que posso. Obviamente que custa ver certas situações de vida, mas, se para eles for um momento positivo, fico muito feliz de lhes dar essa alegria.
- Agora que também já é pai, que mensagem gostaria de passar aos pais de todas estas crianças?
Que façam tudo o que puderem para deixar as crianças felizes. Enquanto pais, é o nosso dever. Tudo o que estou a fazer vai ser para o meu filho, um dia. O esforço que faço é para lhe poder dar uma vida melhor e poder sonhar à vontade. Portanto, façam sonhar essas crianças, dêem-lhes possibilidade de poderem sonhar e serem felizes.