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Filho de ator espanhol confessa crime macabro. Pena de morte, ameaças, apelo à namorada e outros detalhes chocantes

Daniel Sancho Bronchalo assumiu a autoria do homicídio de Edwin Arrieta Arteaga e desmembramento do respetivo corpo. Saiba os pormenores do crime de que todos falam.

Chef de profissão, Daniel Sancho Bronchalo tem 29 anos, é filho dos atores Rodolfo Sancho Aguirre e Silvia Bronchalo e neto do já falecido ator Sancho Gracia. Contudo, é ele o protagonista de uma história digna de filme e que, tal é a sucessão de acontecimentos relatados, já daria direito a uma trilogia.

De férias na Tailândia, o espanhol é acusado de, naquele mesmo país, mais concretamente na ilha turística de Koh Pha Ngan, ter assassinado e desmembrado o cirurgião colombiano Edwin Arrieta Arteaga, 15 anos mais velho. O suspeito, aliás, já confessou a autoria do crime às autoridades locais, arriscando agora pena de prisão perpétua ou mesmo pena de morte - o código penal tailandês também prevê uma pena de 15 a 20 anos de prisão para homicídio, que pode ser aumentada se houver agravantes.

Os contornos do crime são complexos de se explicar e, na imprensa internacional, as teorias já se misturam com os factos. Mas vamos ao principal ponto: Daniel Sancho Bronchalo assumiu a prática do crime pelo qual se encontra, neste momento, detido na prisão Koh Samui. E lá ficará isolado dez dias, para cumprir o protocolo relacionado com a Covid-19.

O chef alega que o fez porque era "refém" do cirurgião. Contudo, há já uma teoria de que o crime possa ter sido premeditado. Daniel Sancho Bronchalo e Edwin Arrieta Arteaga conheceram-se há aproximadamente um ano e há quem avance que os dois mantinham uma relação. O suspeito nega.

 

"Ele queria que eu fosse namorado dele"

 

O filho de Rodolfo Sancho Aguirre chegou a comunicar o desaparecimento do suposto amigo, mas logo acabou por ser detido quando restos mortais foram encontrados no aterro sanitário da ilha - e testes de ADN terem confirmado tratar-se de parte do corpo do cirurgião.

E como tudo aconteceu? Segundo Daniel Sancho Bronchalo explicou às autoridades, Edwin Arrieta Arteaga foi ao quarto onde estava hospedado e pediu-lhe para os dois terem relações sexuais. O chef terá recusado e os dois, alegadamente, envolveram-se numa briga que terminou com o cirurgião a bater com a cabeça numa banheira. Terá sido fatal. Acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o espanhol desmembrou supostamente o corpo do colombiano e escondeu os restos mortais em vários pontos de Koh Pha Ngan.

"Esse homem tinha-me como prisioneiro e estava a ameaçar toda a minha família", alegou, em declarações concedidas ao "El Programa del Verano", antes ainda de ter entrado na prisão. "Sou culpado, mas eu era refém do Edwin. Ele tinha-me como refém. Era uma jaula de vidro, mas era uma jaula. Ele fez-me destruir a relação com a minha namorada e obrigou-me a fazer coisas que nunca teria feito", prosseguiu.

Afirmando que o cirurgião "era obcecado" por ele, o chef foi claro a apresentar a respetiva versão dos factos: "Enganou-me. Fez-me crer que o que queria era fazer negócios comigo, meter dinheiro na empresa da qual sou sócio... Que faríamos coisas juntos, que iríamos para México, Chile e Colômbia abrir um restaurante... Mas era tudo mentira. A única coisa que ele queria era que eu fosse namorado dele."

 

Suspeito está "relaxado", mas advogado receia futuro "realmente difícil"

 

No mesmo momento, Daniel Sancho Bronchalo foi questionado sobre se se sentiu forçado a assumir a autoria do crime - a imprensa chegou a avançar que, num primeiro momento, em interrogatório, o suspeito tinha negado qualquer envolvimento no caso. "Não me senti à vontade, mas também não me senti forçado. Eu senti que também não tinha outra escolha. Eles fizeram testes de ADN e é isso. É isso", abreviou.

A família, segunda alegou ainda o principal suspeito, desconhecia o sucedido. "Não me atrevi a dizer nada a ninguém porque tinha medo que tivessem o meu telemóvel sob escuta", explicou, falando também sobre a namorada, lançando-lhe um apelo indireto. "Vim à Tailândia, porque a minha namorada vinha. Ela não vai esperar nem deve fazê-lo. Que seja feliz e siga com a sua vida. Estávamos juntos há cinco anos."

Em comunicado entretanto divulgado, os familiares do espanhol vieram pedir o "máximo de respeito, tanto para com Daniel como para com toda a sua família, nestes momentos delicados de máxima confusão".

Em sentido contrário, citada pela imprensa internacional, a irmã da vítima, Darlin, disse que a respetiva família está "destroçada". "Os nossos corações foram arrancados vivos. Como irmã do Edwin, só peço justiça", apelou, acrescentando: "Peço que Daniel Sancho pague pelo que fez ao meu irmão. Peço à justiça tailandesa que façam justiça pelo meu irmão e que a pena atribuída a Daniel Sancho seja a máxima que puder ser dada na Tailândia. Mas, por favor, não permitam que esse homem saia em liberdade ou seja extraditado para Espanha. Que pague pelo crime na Tailândia e receba a pena máxima."

Sabe-se ainda que o filho de Rodolfo Sancho Aguirre conta com dois advogados: um em Espanha e outro na Tailândia. "Creio que ele está relaxado. Sabe o que fez e já lhe expliquei o processo. Ele quer perceber como pode viver aqui dentro", disse o primeiro, Khun Anan. Luis Gerez, que o representa no seu país-natal, já fez também saber que "é possível, por lei, que ele venha a cumprir pena" em Espanha, "se for condenado". "Esta é a melhor opção, porque as prisões tailandesas não são nada boas. Ou seja, sobreviver 15 anos numa prisão de lá é realmente difícil", opinou.

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