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Casimiro Rosa: o adeus ao homem dos sorrisos e das missas de domingo

Sr. Casimiro. Era assim que carinhosamente o tratávamos.

Coordenadora editorial da SELFIE
  • 15 out 2024, 14:32
Casimiro Rosa (foto de Alexandre Assunção)
Casimiro Rosa (foto de Alexandre Assunção)

Todos os dias, por volta da mesma hora, entrava pela porta da TVI. Mesmo com os seus 76 anos, fazia questão de chegar ao trabalho de transportes públicos. Nunca reclamava, nunca parecia cansado. Ao invés, trazia consigo uma força de vontade que parecia contrariar o peso da idade.

O Sr. Casimiro era aquele sorriso aberto que encontrávamos ao passar pelo corredor, aquele "bom dia" gentil que dava início a conversas que, por mais breves que fossem, mostravam a sua educação e delicadeza. Era um homem de conversa fácil e ficava feliz por saber mais sobre o nosso trabalho no digital ou por poder partilhar as suas próprias histórias.

Responsável pelas transmissões religiosas na TVI desde 1993, o Sr. Casimiro fazia parte do ADN da estação. Quem o conheceu, sabia da sua dedicação irrepreensível ao trabalho enquanto coordenador da transmissão das missas de domingo e das grandes celebrações religiosas.

A TVI nunca foi só um trabalho para o Sr. Casimiro. Era uma missão, algo que ele fazia com profunda fé e sentido de propósito. Tinha plena consciência de que o que fazia não era apenas transmitir imagens, mas tocar vidas. O patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, descreveu-o como "uma vida escondida que fez muito bem a muita gente". E é exatamente isso: o Sr. Casimiro trabalhava nos bastidores, longe dos holofotes, mas o seu impacto ecoava em muitas casas, onde ainda hoje se pára para assistir à missa pela televisão. 

O Sr. Casimiro deixa-nos agora, mas a sua memória fica. Fica o exemplo de uma vida dedicada, o sorriso que fazia questão de nos oferecer todos os dias e o legado de uma missão cumprida com um coração generoso e uma humildade impressionante.

Cátia Soares
Coordenadora editorial da SELFIE

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