Bruno de Carvalho vai fazer um rebranding como DJ ou, por outras palavras, uma reformulação da respetiva imagem (ou marca) enquanto artista.
A SELFIE entrevistou o antigo presidente do Sporting, de 53 anos, que nos contou tudo sobre esta mudança.
Qual o motivo desta mudança?
Senti que era o momento certo para evoluir na imagem. Pretendo focar-me em mim, na minha identidade enquanto pessoa e enquanto artista. Quero desafiar-me e explorar novas formas de comunicar com os profissionais da área e com o público. A música sempre foi a minha ponte com o mundo e, agora, quero alargar ainda mais essa ligação.
O que vai mudar?
Vai mudar a abordagem à minha imagem mantendo a intensidade e a mensagem de ser um artista genuíno. Continuo fiel à essência, mas quero que, cada vez mais, cada atuação seja uma experiência mais imersiva, mais pensada como um espetáculo completo.
A mudança também se vai aplicar no género musical ou não?
Não abandono os géneros que me definem — electrónica, house, afro, tech house — mas vou integrar novas sonoridades e fusões. A ideia é surpreender, sem perder identidade. Exemplo disso é a música "Imortais", lançada no passado dia 20, com a maravilhosa artista Calua, numa fusão electrónica com hip-hop e trap.
O seu espetáculo também vai sofrer alguma mudança?
Esse será o próximo passo. Quero que o espetáculo ganhe outra dimensão. Mas isso só devo conseguir para o ano. Quero que, quem me for ver, sinta, ainda mais, que viveu algo marcante. Que é mais do que uma atuação de música. Quero que sintam que é um momento com assinatura.
O nome mantém-se?
Apenas Bruno de Carvalho.
Nunca pensou ter um nome artístico?
Não, porque Bruno de Carvalho é uma marca muito forte.
Quando é que se vai dar a mudança oficilamente?
Em setembro deste ano.
Com quem gostaria de lançar uma música?
Gostaria de colaborar com artistas que tenham uma identidade forte e autêntica, tanto em Portugal como lá fora. Mastiksoul já foi um marco, mas adorava trabalhar com nomes como Black Coffee ou até fazer fusões inesperadas com o Dino D’Santiago, por exemplo.
Qual foi o seu momento musical mais importante até agora?
Talvez quando atuei, pela primeira vez, num grande palco fora de Portugal. Sentir a energia de um público que não fala a tua língua, mas que sente a tua música... Foi aí que percebi que o som não tem fronteiras!
O que ainda gostaria de fazer enquanto DJ?
Gostaria de levar o meu espetáculo a grandes festivais internacionais e de criar um conceito próprio, uma tour com identidade visual e mensagem, que fique na memória das pessoas. E, claro, lançar um álbum que represente todas essas fases.