"Quando a vida começa a falhar". Foi com esta frase que Bruno de Carvalho iniciou uma importante reflexão sobre o envelhecimento - e a necessidade de contar com apoios na fase outonal da vida.
"A vida, na respetiva essência mais pura, é um gesto de amor. O amor, que recebemos e oferecemos, o da família, que nos sustenta, dos amigos que escolhemos e dos gestos simples que compõem os nossos dias. É esse amor que nos dá sentido, que nos dá valor enquanto pessoas úteis, enquanto seres que constroem, cuidam, ensinam e transformam o mundo à volta", começou por assinalar o ex-concorrente do "Big Brother Famosos".
De seguida, Bruno de Carvalho sublinhou: "Durante muitos anos, somos considerados produtivos, ativos, necessários. Trabalhamos, criamos filhos, contribuímos para a sociedade com esforço, tempo e dedicação. Mas há um momento em que o corpo se cansa, a saúde falha e a vida começa, lentamente, a nos escapar pelos dedos. E é aí que se revela uma dura realidade: o sentimento de abandono! Para muitos, esse abandono vem do próprio Estado, que parece esquecer-se daqueles que já deram tanto. Falta apoio, faltam recursos e faltam cuidados adequados!"
"As famílias, que já carregam o peso emocional de ver um ente querido adoecer, são forçadas a assumir uma luta desigual, contra a burocracia, a escassez de respostas e a indiferença das instituições. A doença não escolhe hora nem lugar. E quando chega, exige presença, exige tempo e exige amor!", exclamou ainda, antes de acrescentar: "As famílias, movidas por esse amor incondicional, fazem o impossível, cuidam, protegem e acompanham. Mas não deveriam fazê-lo sozinhas. A dignidade no final da vida não pode ser um privilégio. Deve ser um direito! Porque ser útil não se resume a produzir. O ser humano tem valor apenas por existir, por sentir, por amar. E esse valor deve ser reconhecido até ao último suspiro!"
"O conforto, o cuidado, o respeito e a presença de políticas públicas verdadeiramente humanas são o mínimo que se pode esperar de uma sociedade justa. Enquanto houver amor na luta das famílias, haverá resistência. Mas é urgente que essa resistência não precise de de ser solitária" apontou, concluindo: "Que o Estado olhe para os seus com empatia, com compromisso, com a responsabilidade de garantir que o final da vida seja, também, um tempo de paz, de afeto e de dignidade!"
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