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Anjos contra Joana Marques. Ricardo Araújo Pereira testemunha: "Retirar vídeo seria assumir culpa que não existe"

Ricardo Araújo Pereira é uma das testemunhas de Joana Marques no processo que foi interposto pelos Anjos contra a humorista.

Na terceira sessão do caso que opõe os Anjos a Joana Marques que decorre no Palácio da Justiça, em Lisboa, Ricardo Araújo Pereira é uma das testemunhas que estão a ser ouvidas.

Perante a sala repleta, de acordo com informação do Observador, o humorista defendeu a posição de Joana Marques de não retirar o vídeo que deu origem à queixa: "Retirá-lo seria uma assunção de culpa que não existe."

A advogada dos Anjos terá questionado Ricardo Araújo Pereira sobre a "responsabilidade" de Joana Marques no ciberbullying que os irmãos Rosado terão sofrido após a publicação do polémico vídeo e a juíza foi perentória: "Não vamos discutir aqui a responsabilidade porque o Ricardo não é jurista."

Durante o depoimento do humorista, a advogada terá ainda questionado Ricardo Araújo Pereira sobre o encontro com o Papa Francisco e o discurso do então sumo pontífice sobre os limites para o humor. 

"O texto era uma reflexão sobre o humor", sublinhou Ricardo Araújo Pereira, com a advogada dos Anjos a destacar uma das passagens: "O humor não ofende e não humilha."

"Ele disse que o humor não humilha nem ofende. Como o humor não é sério, não tem potência", sublinhou o humorista com a representante legal dos Anjos a contrapor: "Posso concluir pelas suas palavras que os humoristas são impunes. Se me chamar de um nome difamatório, está impune."

Depois de Ricardo Araújo Pereira afirmar que tal não correspondia à verdade. a advogada dos Anjos argumentou: "Explique lá então as diferenças. O senhor até tem feito uma campanha visual assertiva e diária. Tem feito uma campanha muito boa pela sua amiga. Gostava então que me explicasse porque fala como se os humoristas fossem um Deus todo poderoso. Diz que são declarações não sérias. Por isso pergunto-lhe se me chamar lá fora de cabra se não poderei fazer absolutamente nada."

"Toda a gente pode dizer tudo, aquilo que não se pode dizer está na lei, algumas são aquilo que referiu. Se eu baixar o vidro do carro e lhe chamar cabra, não é humor", afirmou o ex-Gato Fedorento, citado pelo Observador.

O caso, recorde-se, chega a tribunal na sequência de um vídeo publicado por Joana Marques, que mostrava partes da atuação dos Anjos antes de uma prova do MotoGP em Portimão. Nelson Rosado e Sérgio Rosado cantaram o hino nacional e o vídeo publicado pela humorista continha partes de reações do júri do programa da SIC "Ídolos".

Depois da publicação do vídeo, os cantores decidiram avançar para a Justiça e exigem, agora, uma indemnização de um milhão e 118 mil euros.

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