Max Cardoso, marido de Ana Lúcia Matos, foi um dos quatro arguidos que foram condenados pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa, nesta sexta-feira, dia 9, no processo "Operação Admiral", que decorre de uma investigação desenvolvida pela Procuradoria Europeia que expôs em Portugal uma fraude ao IVA de uma rede criminosa no valor de mais de 80 milhões de euros em seis anos.
Os quatro principais arguidos num caso de megafraude intracomunitária ao IVA investigado pela Procuradoria Europeia foram condenados a penas de prisão efetiva entre os cinco e oito anos.
De acordo com o canal Now, Max Cardoso terá sido condenado a uma pena efetiva de prisão de sete anos e meio.
Outras seis pessoas, incluindo um ex-gestor bancário, foram punidos com penas suspensas de prisão entre os três e os quatro anos. Um 11.º arguido foi absolvido de todos os crimes.
O tribunal deu como provado que o esquema foi montado por um português e um francês, de 52 e 35 anos, e consistia na compra a fornecedores europeus e revenda online de produtos eletrónicos, com contornos falseados que permitiram que as transações beneficiassem indevidamente de isenções no Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Os factos ocorreram entre 2016 e novembro de 2022 e causaram prejuízos de cerca de 80 milhões de euros em Portugal.
Inicialmente, tinha sido acusada pela Procuradoria Europeia uma 27.ª pessoa, cujo processo foi suspenso, condicionado ao cumprimento de determinadas obrigações.
Recorde-se que Ana Lúcia Matos chegou a ser detida e foi inicialmente acusada de branqueamento de capitais do marido, mas o processo contra a antiga apresentadora foi alvo de suspensão. Em julho do ano passado, O Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, aceitou a suspensão provisória do processo por dois anos, período durante o qual a arguida não pode cometer qualquer crime. Em troca da liberdade, perdeu cerca de 100 mil euros que estavam numa conta arrestada e joias que tinham sido apreendidas, diz o "Correio da Manhã".