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Rita Redshoes faz desabafo e oferece ajuda: "Desde muito nova que sofri de depressão"

Num momento em que o país chora com a notícia da morte de Pedro Lima, que sofria de depressão, Rita Redshoes partilhou um desabafo muito especial.

"'Sobre a depressão na primeira pessoa!' é o título que a cantora deu ao texto que poucos esperavam ler, e muitos foram os que agradeceram a confiança e as palavras.

"Desde muito nova que sofri de depressão. Fiz várias terapias e alguns anos de psicanálise, que me ajudaram no meu processo de autoconhecimento e me aliviaram alguns sintomas (e, até, uma licenciatura em Psicologia Clínica tenho). Mas, de tempos a tempos, voltava a sentir-me profundamente só, com medo da vida, a deixar que a culpa me invadisse e com uma profunda zanga comigo própria por não conseguir arrumar-me", começou por escrever. 

"Partilho convosco um lado que, por vezes, é menos falado e que pode ser vital para quem sofre, para mim foi. Nós somos pensamento, emoção e corpo. O lado biológico é, muitas vezes, posto de parte em doenças do foro psicológico (até pela comunidade médica não especializada), mas é tão importante quanto os aspectos ambientais, sociais e pessoais", acrescentou.

"Descobri, aos 37 anos, no período pós-parto, que o meu organismo simplesmente não produz em quantidade suficiente uma molécula chamada Serotonina que interfere diretamente no humor. Com análises ao sangue, é possível descobrir estes e outros valores importantes no tratamento da depressão. Os meus níveis estavam muito abaixo do aceitável para que eu me pudesse sentir bem. Com medicação adequada, melhorei muito e sinto-me estável e feliz, quando é caso para isso. E, sejamos honestos, nem sempre é caso para isso, mas é essencial que não nos sintamos toldados de movimentos e emoções que fazem parte de nós e da vida", continuou.

"A depressão é uma doença com tratamento; este pode ser feito apenas através de uma terapia com psicólogo, ou com acompanhamento psicológico e fármacos. O equilíbrio biológico e emocional é a chave para não ficarmos num buraco. Se tiverem alguma questão em que eu possa ajudar, partilha de experiências ou contactos de médicos e terapeutas, por favor não hesitem em escrever-me! Há solução, há mesmo!", concluiu, oferendo, assim, ajuda.

Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha, recorrentemente, pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:

- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 

- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707

- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

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