Afinal, o que mudou no Café Central após a passagem do "Pesadelo Na Cozinha"?

O último episódio de "Pesadelo na Cozinha" leva Ljubomir Stanisic até Portalegre para encarar mais um desafio: dar uma nova vida ao Café Central. A Selfie foi perceber se as mudanças sugeridas pelo Chef foram implementadas.

  • 25 nov 2018, 23:00

À chegada ao renovado Café Central temos uma boa surpresa. Com a troca do espaço de jogos com o das refeições, o restaurante ganha um ar mais moderno e acolhedor, em que os clientes podem estar mais à vontade a saborear as iguarias anunciadas na ementa. Além disso, a decoração está mais clean, embora mantenha os traços típicos da região e, mesmo a fachada, está mais limpa.

Gostamos particularmente das frases de José Régio que decoram as paredes, evocando aquele que foi um dos clientes do espaço quase centenário, que abriu em 1924 e é agora propriedade de Diogo, de 25 anos, filho de Domingas, de 47, que assume as rédeas do espaço.

Porém, continuamos a dar nota negativa à manutenção das casas de banho, assim como aos tetos sujos e a algumas portas em más condições.

Somos, ainda, atendidos por uma funcionária que, apesar de simpática e prestável, não está vestida da forma mais profissional. Umas leggings com botas de montanha e o cabelo com ar desleixado não abonam nada a favor da imagem do espaço.

Apesar das mudanças, a ementa mantém-se igual à anterior à passagem do Chef Ljubomir Stanisic, com os pratos escritos à mão, embora, em alguns casos, fiquemos com a sensação de que o preço aumentou consideravelmente. Algo que comprovamos mais tarde com o valor que nos é cobrado por uma salada simples, excessivo para o que nos colocam no prato, mas também para a região do país onde nos encontramos, em que o poder de compra é baixo.

Nota negativa ainda para o facto de, tudo o que pedíamos, parecer que estava "a acabar", o que nos obrigou a optar por segundas opções e, depois, no prato tudo ter demasiado sal e parecer levar alho-francês como ingrediente obrigatório.

O toucinho frito que pedimos como entrada veio com paio, e os ovos mexidos com farinheira e, mais uma vez, alho-francês tinham um sabor estranho - acreditamos que a qualidade da farinheira não era a melhor.

Quando pedimos uma dose de choco frito e outra de bochechas, a chef veio perguntar se queríamos mesmo duas doses, porque eram "grandes". Afinal, não vinham assim tão bem servidas e as bochechas eram secas e o choco, que não era frito à moda setubalense como anunciado, vinha numa frigideira com ameijoas e muito óleo.

No final da refeição, também a sobremesa não contribuiu para aumentar a nota do serviço de cozinha: a sericaia vinha sem ameixa, porque "acabou agora", e o ananás podia estar mais maduro.

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