Conheça os segredos de Bárbara Taborda, concorrente do "MasterChef"

A Selfie esteve à conversa com Bárbara Taborda, uma das concorrentes da nova edição do "MasterChef".

O que a levou a participar no "MasterChef"?

Sou uma apaixonada por cozinha e sou fã do "MasterChef Austrália". Estava na minha bucket list e, em conversa com amigos sobre esse tema, disseram-me que estavam a decorrer as inscrições. Foi um impulso, nem pensei muito sobre o assunto. Quando me inscrevi já era a última semana, e, daí aos castings, foi tudo muito rápido.

Considera-se uma pessoa competitiva?

Não sou competitiva, e, às vezes, até perco um pouco com isso. Gosto de trabalhar em grupo e de apoiar os que me rodeiam. Tenho prazer em ver as pessoas a evoluírem comigo, ao meu lado, e isso tira-me a competitividade.

No programa, a competição foi renhida?

Muito renhida. O grupo é fortíssimo. Cada um com dotes gastronómicos muito diversos, o que faz com que, muitas vezes, ganhar uma prova dependa da temática do desafio e da capacidade de aguentar a pressão, que é mesmo muita.

Qual a prova mais difícil? E de que é que mais gostou?

A prova mais difícil, para mim, foi a de pastelaria, porque não é, de todo, o meu forte. Eu nem como doces, praticamente. Aquilo de que mais gostei foram as provas exteriores. Os desafios eram de loucos. As pessoas, em casa, vão adorar assistir. Foram provas muito difíceis, mas de grande superação e criatividade. E, como trabalhávamos em equipa, era muito mais divertido.

O que espera desta participação no "MasterChef"?

Eu estou a desenvolver um projeto de slow aging, envelhecimento saudável, que já está online no meu site, barbara.pt, e que engloba várias ferramentas que considero, por experiência pessoal, que têm óptimos resultados e nos ajudam, mesmo, a ter mais energia, auto estima e um aspeto mais saudável. A cozinha é uma das ferramentas mais fundamentais. Nós somos, claramente, o que comemos. Infelizmente, as pessoas ainda acham que a cozinha saudável é aborrecida e sem "sal", e isso não corresponde, de todo, à verdade. A minha missão é essa nova abordagem: divertida, deliciosa e saudável à mesa.

Como é que descobriu o gosto pela cozinha?

Sempre fui um bom garfo, e isso foi uma coisa que me foi acompanhando ao longo da vida. Mas o facto de escrever e de ter uma rubrica em televisão, que incluía restaurantes, fez com que conhecesse, a fundo, todo o tipo de gastronomia e que me apaixonasse cada vez mais. Para mim, a cozinha é uma arte. O conseguir despertar sensações e/ou trazer memórias através de um prato é espetacular. Sempre cozinhei muito em minha casa e em casa de amigos.

Com quem é que aprendeu a cozinhar?

As minhas avós cozinhavam muito bem. Em miúda, passava os verões no Douro, em casa da minha avó Elvira e ela achava, sempre, que os netos vinham muito magrinhos da cidade e, então, as refeições eram à séria. Tinha uma mão ímpar para a gastronomia portuguesa. Com ela, aprendi a gostar de quase tudo: feijoada, os seus maravilhosos rissóis de pescada, peixinhos da horta (que nunca encontrei iguais), marmeladas, compotas... A minha avó sabia fazer de tudo. Da minha avó Arlete, guardei a elegância à mesa e o gosto por sabores mais requintados. O Consomé de Natal dela é o melhor de sempre.

Qual foi o primeiro prato que aprendeu a cozinhar?

Massa com atum.

O que é que não gosta nada de cozinhar?

Raramente, como carne. Trabalhar carnes faz-me um bocado de impressão. Nem me imagino, sequer, a preparar, por exemplo, umas tripas ou uma mãozinha de vaca.

Segue receitas ou gosta mais de criar coisas novas?

Nunca fui de seguir receitas. Estou sempre a inventar e gosto de ter o meu próprio tempero. Estou sempre a reinventar pratos. Eu adoro a gastronomia portuguesa, mas considero que é muito pesada, então, crio versões minhas desses pratos, num formato muito mais leve e saudável. Crio, também, muitos pratos de cozinha saudável.

Qual o seu prato favorito?

A minha feijoada.

O que detesta que lhe façam quando está na cozinha?

Que mexam nos tachos com que estou a cozinhar.

Quem é o maior fã dos seus pratos?

Os meus amigos, sem dúvida. A minha filha adora a feijoada, de resto, como cozinho mais saudável, cá em casa, ela torce um bocadinho o nariz.

Há alguma celebridade para quem gostaria de cozinhar?

Jude Law ou Barack Obama.

É possível dedicar-se à cozinha e manter a boa forma? Qual o seu segredo?

Claro que sim! É possível comer bem e estar em boa forma. Temos é de fazer as escolhas certas. Eu sou mesmo um bom garfo, e, como faço provas gastronómicas, tenho de contrabalançar com o que como em casa, que é quase sempre muito simples e saudável. Faço desporto, no mínimo, três vezes por semana, bebo muita água, e estou atenta ao que o meu corpo me pede.

Que tipo de alimentação faz no dia a dia? Que cuidados tem com a alimentação?

Começo a manhã, sempre, com uma água com limão, ou com uma infusão quente para limpar e preparar o corpo para o dia. É uma espécie de higiene interna que devemos ter todos os dias. As pessoas tratam muito o exterior, mas, na verdade, o exterior é um reflexo do interior, por isso vamos lá tratar bem dele. Faço sempre um batido para começar o dia, com os nutrientes certos para me deixar mais enérgica e bem disposta. Misturo sempre fruta, vegetais, frutos secos, com nutrientes que são ótimos para o nosso organismo. Como sempre, a meio da manhã, uma fruta, uma barra, ou uma bola energética, senão uns frutos secos ou uma gelatina. Gosto de almoçar bem, e dou preferência ao peixe ou a refeições vegetarianas. A carne fica para ocasiões especiais. Consumo muitos cereais alternativos, ao clássico arroz e esparguete. Opto por couscous, bulgur, massas de milho e espelta, batata doce e muitos, mas muitos, legumes. O lanche é, sempre, parecido com o da manhã, e, à noite, faço, sempre, uma refeição mais leve. Sopa é sempre obrigatória cá em casa.

Essa alimentação é acompanhada de um plano de treino rigoroso?

Eu faço imenso desporto, mas por prazer e pela energia e disciplina que me dá. Não sigo um plano. Quando acordo, decido o que me apetece nesse dia: se faço yoga, se vou treinar no jardim, se vou ao ginásio... Estou, sempre, a dizer que o importante é mexer-nos para ativar o corpo. Não são precisas grandes loucuras. Trinta minutos de caminhada, por dia, por exemplo, já faz uma grande diferença.

Que cuidados tem com o corpo? É fã de algum tipo de tratamentos?

Boa alimentação. Desporto. Hidratar muito. Bebo, no mínimo, 1.5l de água por dia. As nossas células precisam de oxigénio para regenerar. Gosto muito de massagens drenantes. Como faço muita retenção, recorro a este método, uma vez por semana. Privilegio, sempre, passeios ao ar livre, para oxigenar bem as células do corpo. Fazer uma boa esfoliação e hidratar a pele, também, faz muita diferença.

Aos 44 anos, e depois de ter tido dois filhos, a Constança, de 12 anos, e o Benjamim, de 4​, como é que se define, hoje, enquanto mulher?

Hoje, sou uma mulher muito mais serena, que privilegia construir uma vida simples, rodeada de afetos. Sinto que caminho no sentido certo, e isso dá-me energia e fé, mesmo nos momentos mais desafiantes. Gosto de desafiar os meus limites, de uma forma saudável. Gosto da forma como isso me transforma e me faz evoluir. Agradeço, todos os dias, a vida que tenho, mesmo que ache que o dia correu menos bem. Aceito que tudo acontece por uma razão, e gosto de parar e observar o que está a acontecer à minha volta. Ver crescer os meus filhos é dos maiores prazeres que tenho na vida. Tanto um como outro provocaram as maiores mudanças na minha vida. Sou muito ativa, estou sempre a fazer coisas novas e tenho, sempre, milhões de projetos em mente. Sou um mulher que acredita, também, ser fundamental um espaço pessoal, ter o nosso tempo, como beber um copo de vinho com amigos, ou viajar.

E no campo do amor, está feliz?

Tenho muito amor à minha volta, portanto, sim... Estou feliz.

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