- O que te levou a aceitar este novo desafio?
Se me dissessem que, em 2020, ia fazer um programa a partir de casa, diria que era impossível. É uma excelente história para contar daqui a 30 anos. São tempos, infelizmente, inesquecíveis. Talvez toda a ideia, dentro deste contexto, me tenha agradado.
- O facto de saberes que vais fazer companhia aos portugueses e ajudá-los, de alguma forma, a superar esta fase, também pesou na decisão?
Tudo o que seja leve e alegre, nesta fase, é bem-vindo. Estamos a viver tempos difíceis, nos quais, a incerteza, ansiedade e medo são uma constante. Portanto, se for possível, contribuir, nem que seja por uma hora, para a boa disposição dos portugueses, ótimo.
- Como é que tem sido gravar em casa, sozinha?
Tem sido engraçado! Solitário, claro, até porque o teatro e a televisão não se fazem sozinhos. Sinto, sempre, falta de equipa, até para me dirigir, mas, ao mesmo tempo, tenho aprendido muito. Por outro lado, tenho mais liberdade, pois gravo à hora que quero, com a roupa que quero. Tem sido engraçado ter esse controlo.
- Quais é que têm sido as maiores dificuldades?
Não há grandes dificuldades, na realidade. Talvez, assegurar que não há barulho dos vizinhos, para gravar, que não tenho brilhos na cara, que a make-up e os cabelos estão bem... coisas deste género.
- O Diogo também tem ajudado?
Não, o Diogo tem o trabalho dele e eu tenho o meu. Damos sempre opinião um ao outro, mas cada um na sua.
- Nesta fase, rir é o melhor remédio?
Eu acho que quem tiver essa capacidade, ótimo. Temos que ser leves e positivos.
- Como é que encaras o facto de seres uma das novas caras em que a TVI está a apostar?
Obviamente, sinto-me muito contente! Tenho tido oportunidade de participar em vários projetos e todos eles bastante variados, para além de alguns serem bastante divertidos, também me fazem crescer muito profissionalmente.
- Sentes o peso da responsabilidade, ou preferes não pensar muito nisso?
Sinto o peso de ter que fazer sempre o melhor que conseguir e que tudo o que faço seja confortável para mim, e porque me apetece fazer. Acho que, quando fazemos alguma coisa, contrariados ou sem vontade, isso passa para as pessoas lá em casa e não me parece que seja justo para o público. Sinto este tipo de responsabilidade e acho que tenho obrigação de cumprir com o que me é proposto.
- Apresentação ou representação?
Sem dúvida, a representação. Sou muito, muito feliz, a dar vida a personagens. Não me parece que algum dia deixe essa parte.
- Que projeto gostavas de fazer no futuro?
Gostava muito de fazer séries. Gostava muito que fosse possível que os canais e as produtoras apostassem mais em boas séries.