Como está a ser regressar à representação, estreando-se em teatro com a peça "Ding Dong"?
Está a ser um projeto muito prazeroso. É uma descoberta diária. Ver como a reação do público difere de dia para dia. Conseguir fazer rir e ver como as pessoas saem bem-dispostas, da peça, faz-nos sentir que estamos a fazer um bom trabalho.
Apesar de já ser atriz há 16 anos, só agora sentiu que era o momento certo?
Obviamente que já tinham existido convites nesse sentido, mas nunca me tinha sentido tentada a avançar. Neste projeto, reuniram-se todas as condições para que tal acontecesse. Produtora, texto, encenação, elenco...
O teatro está a revelar-se uma paixão?
Sem dúvida. Apesar do receio inicial e da responsabilidade, está a ser tudo aquilo que sempre me disseram que seria. A adrenalina, o feedback imediato....
Traição, vingança e alguma confusão à mistura são os ingredientes principais desta peça. Por que as pessoas não podem perder?
Não levantando o véu... Se as pessoas querem passar 2 horas de pura diversão e muitas gargalhadas... "Ding Dong" é o programa certo.
O que é que podemos retirar desta comédia?
Que a vida, tal como na peça, é feita de enganos e desenganos. O mundo é pequeno e tudo o que fazemos acaba por ter um retorno. Para o bem e para o mal.
Como é que tem sido trabalhar com este elenco?
Maravilhoso. Somos 2 homens e 4 mulheres que conseguiram uma ligação especial, um entrosar de personalidades (referentes às personagens) que faz com que o trabalho de um complemente o trabalho do outro. E ter uma das minhas melhores amigas, Núria Madruga, (com quem já tinha trabalhado no elenco de uma novela na TVI) no elenco, é um prazer enorme.
Recentemente, prestou uma homenagem à sua mãe nas redes sociais. É uma dor que não se apaga? De que mais sente saudades?
É sempre lembrada, diariamente. Os posts que faço são no sentido de marcar alguma data mais marcante. É uma dor amenizada pelo tempo, mas uma saudade acrescida. Sinto saudades de tudo, impossível não ser assim. Mas o que mais tenho pena é que a minha mãe não esteja, fisicamente, cá, com a neta.
Há mais de 22 anos que tem ao seu lado o Daniel. Nunca pensaram em casar?
Não foi algo que tenha estado nos nossos planos. Temos um compromisso longo, estável e um vínculo para a vida... a nossa filha.
Qual é o segredo da vossa relação?
Não há segredos. Há uma aprendizagem diária. Há respeito, carinho, amor, diversão....
Agora que a Flor tem 8 anos, gostavam de voltar a ser pais?
Eu gostava, mas não está nos nossos planos.
Como é a Andreia enquanto mãe?
Sou uma mãe presente, divertida, compreensiva, permissiva qb., imponho regras, também me zango, também castigo, mas, acima de tudo, tento compreendê-la e fazê-la ver que, quando o faço, é porque algo não podia ser assim.
E a Flor, é parecida com a mãe?
A Flor é uma menina deliciosa. Tem muitas características da mãe e do pai. Impulsiva como a mãe, criativa como o pai e brincalhona como ambos. É a filha que sempre sonhámos ter.