1. Natal é...
... é vermelho, é alegria e é amor. O Natal é, também, uma altura para homenagearmos quem já não está entre nós e acho que é uma época um bocadinho nostálgica. Eu não achava isso quando era nova, mas desde que o meu padrasto, o Tony de Matos, morreu já penso assim. Deixo sempre a mesa posta com o lugar dele, entre o Natal e o Dia de Reis. Já o Nicolau Breyner me tinha dito que o Natal era uma época difícil e, agora, percebo ainda melhor, porque também ele me faz muita falta.
2. Qual é a memória mais especial que guarda do Natal?
Ter ganho um chorão, um boneco. A minha mãe disfarçou muito bem, por isso eu já tinha chorado imenso, porque achava que não o ia receber. Lembro-me até hoje!
3. O que é que costuma comer na noite de Consoada e qual o doce favorito?
Não sou muito de bacalhau e não como carne. O que eu sou doida é por aletria e Bolo Rei, de todas as qualidades e feitios. Não sou muito doceira, mas sou muito comilona.
4. Quantos presentes costuma oferecer e quantos recebe?
Não associo muito o Natal aos presentes. São lembranças! Posso dar mais valor a um cartão com uma mensagem bonita do que propriamente a um presente. Até hoje, as pessoas dão-me muitos peluches e bonecos. As pessoas que me conhecem bem... apostam no meu lado Disney, porque o Natal tem um lado Disney muito forte. Gosto de prendas que tenham a ver com um desejo de alguma coisa e que as pessoas tenham descoberto. Acho que não é uma altura de prendas caras, mas carinhosas! E é mais complicado encontrar uma prenda carinhosa do que cara.
5. Para quem é o presente de Natal mais difícil/especial de escolher?
Não tenho, porque eu sou ótima a descobrir presentes! A prenda mais extraordinária que dei foi a casa onde a minha mãe vive hoje. Eu tinha 35 anos, tinha comprado a minha casa e queria que a minha mãe tivesse uma casa própria. Então, andei com ela a ver casas... e ela achava que eu andava a ver casas para mim. A minha mãe encantou-se com uma casa e eu comprei-a sem ela saber! No Natal, deixei-lhe uma casinha que é um chaveiro com uma chave lá dentro... A minha mãe achou mesmo que eu lhe tinha dado um chaveiro [risos]. Quando lhe disse, ia-lhe dando uma coisa! Foi muito especial.
6. Costuma fazer a árvore de Natal? Sozinha ou com ajuda?
Gigante, com luzes, bonecos que comprei no mundo inteiro, bolas. Não faço sozinha... a minha mãe está lá para me orientar e tenho mais gente para me ajudar. Tenho uma coleção de presépios, que, também, está lá... e uma coleção de caixas de música, que também lá fica.
7. Quem é que se costumava vestir de Pai Natal? Até quando acreditou?
O Pai Natal era o meu padrinho. Acreditei até muito tarde. A minha mãe levava-me a um Pai Natal, que estava sempre no Rossio e eu pedia as prendas. Tinha para aí 11 anos quando deixei de acreditar, mas não me lembro quem me contou.
8. Onde e com quem costuma passar o Natal?
Com a minha mãe, a minha tia e alguns amigos que se juntam. Tem sido na casa da minha mãe, por causa dos programas que tenho estado a fazer e não tenho tido tempo para organizar as refeições. Este ano vai ser na minha casa!
9. Qual a sua figura favorita do Presépio?
É o Menino Jesus, não posso dizer que não é. Mas também gosto das ovelhinhas.