O filme é a adaptação de um livro que retrata a história verídica de uma jovem e dá a conhecer a realidade de excessos de um grupo de adolescentes. As cenas de álcool, drogas e sexo não contam com muitos rodeios e já têm dado que falar. A Selfie decidiu, assim, falar com Rodrigo Paganelli para saber mais sobre o mais recente papel do ator, que veste a pele de Pedro, no "Fim da Inocência", e promete não deixar ninguém indiferente.
1. O que nos pode dizer sobre a sua personagem no novo filme?
O Pedro é um dos miúdos do grupo do colégio da Inês. Ele acompanha e incentiva os amigos nas maiores loucuras, tem uma relação aberta com a Mónica, personagem da Joana Aguiar. É um inconsequente, irreverente e um jovem louco, de 15 anos, que vive a vida no limite!
2. Já conhecia o livro que deu vida ao filme? O que achou da história?
Conhecia. Aliás, acho que todas as pessoas da minha geração leram o livro ou ouviram falar desta história. Ainda para mais, eu moro na zona, onde se situa o colégio e, por aqueles lados, esta história "mexeu" muito com os adolescentes.
3. Foi um papel desafiante?
Foi muito desafiante, porque tive que sair, totalmente, da minha zona de conforto. A minha personagem é exatamente tudo aquilo que nunca gostei de ver em amigos e colegas. Foi uma experiência fantástica poder estar do "outro lado" e experienciar um estilo de vida muito distante do meu.
4. Como foi trabalhar com este elenco?
Foi fantástico! Este filme só resultaria se respeitássemos uma premissa: sermos um verdadeiro grupo, com uma amizade real e não fictícia. Foi uma experiência muito gratificante conseguir, em tão pouco tempo, criar, com os meus colegas, uma dinâmica de grupo e uma amizade, sem a qual nada seria possível. Ajudámo-nos muito!
5. Acreditas que, na sua geração, é fácil encontrar histórias idênticas à da Inês, protagonista do filme?
Estas histórias sempre aconteceram e sempre irão acontecer. É algo que existe, em paralelo ao crescimento normal de qualquer adolescente. Todos nós conhecemos aquele amigo mais maluco, aquela rapariga mais atrevida, aquela pessoa a quem, infelizmente, tudo acontece.
6. Consegue identificar-se com a sua ou outra personagem da trama?
Não me identifico com nenhuma personagem, apenas com algumas características de uma ou outra. Mas, em todas elas, consigo identificar várias pessoas que acompanharam o meu crescimento.
7. O resultado final era aquele que esperava?
Contando com o pouco tempo que tivemos de filmagens e o reduzido tempo de pós-produção, o filme está muito acima das minhas expectativas. Está real, cru e dinâmico. Está no ponto. Está top!
8. Na sua opinião, este é um filme para toda a família?
É, sem dúvida, um filme para toda a família! Para os jovens, está claro o porquê. Para os pais, o filme pode resultar num misto de "abre olhos" e de "quebra-gelo" para a relação com os filhos. Tenho recebido tanto feedback de pais, como de filhos. E todos acham foi super importante terem visto o filme.