Como é que surgiu o convite para integrar a banda sonora de "A Herdeira"?
Quando gravámos o tema, percebemos que a conjugação da música e da letra com o ambiente que criámos no seu arranjo e interpretação tinha algo de cinematográfico: contava uma história, e conseguíamos de alguma forma imaginá-lo a acompanhar uma personagem. Conhecendo o trabalho que a TVI tem vindo a fazer ao nível da ficção nacional, achámos que seria uma ótima conjugação. Fizemos a proposta, e o tema foi aceite para integrar esta nova grande produção.
Já teve oportunidade de ver a novela? Considera que a música encaixa bem na personagem?
Confesso que, com a promoção do disco e o meu trabalho diário, tenho tido pouco tempo para ver televisão. Mas obviamente acompanhei a estreia, e pareceu-me muito adequada. Fico muito feliz por a música acompanhar uma das personagens principais, e acho que encaixa: tendo eu próprio sido pai há pouco tempo e sendo este novo disco inteiramente dedicado ao meu filho, não deixa de ser curioso que o tema acompanhe o Ramón, uma personagem cuja história anda muito colada ao seu amor incondicional pela filha. Gosto da personagem, e acho que o Joaquim Horta está a fazer um ótimo trabalho com ela.
Podemos saber mais sobre a história desta música escrita pelo Diogo Piçarra?
Quando decidi que, neste disco, iria desafiar novos compositores e sem ligação imediata ao fado, o nome do Diogo surgiu naturalmente. Quando me mostrou o tema, gostei logo da abordagem melódica e da letra. Acho que a base foi bem enriquecida pelo ambiente que eu e o Tiago Machado conseguimos criar, resultando num tema do qual gosto muito.
Como é que tem sido a reação do público que, diariamente, vê a novela e ouve o tema?
O feedback ao tema tem sido muito positivo. Não tendo sido o primeiro tema deste álbum a ser lançado, é, de longe, o videoclipe mais visto de todos: já vai a caminho de um milhão de visualizações, e isso é, obviamente, um grande motivo de orgulho para mim e para todas as pessoas envolvidas na criação e execução deste tema.