Com quem é que o Manuel se parece mais?
Acho que os olhos e o nariz são meus, mas, como a forma do rosto é mais do Frederico, quando olham para ele, identificam logo o Frederico. Mas olhando bem... é mais mãe. Como todos os rapazes, acho que acabam por ficar mais parecidos com a mãe.
E de feitio?
Feitio ainda não sei [com quem é que é mais parecido], mas acho que é mesmo dele... ele tem a personalidade dele. É um bebé com uma personalidade forte e é muito determinado nas escolhas dele. Ainda não tem dois anos, portanto ainda não consigo ir '"buscar" a quem se parece mais.
Como é que é a vossa relação?
Uma mãe com um rapaz, segundo dizem, e, de facto, comprova-se, é "unha e carne". Tudo é a mãe. A mãe é que tem que fazer, a mãe é que tem que dar banho... Claro que muitas vezes é o pai... como em psicologia se diz, agora esta fase é normal, mas depois o pai há-de passar a ser o herói do Manuel. Agora estamos na fase em que tudo é mãe e não me importo nada.
Gostava de ter mais filhos?
Gostava que o Manuel tivesse irmãos, porque eu tenho irmãos, o Frederico também, e porque, como se diz, «se queres ser mãe, tem um filho, mas se queres ter filhos, tem dois». Portanto, só quando tiver dois é que vou perceber o que é a dose.
E há o desejo de ter meninas?
Eu gostava que fossem rapazes. Só rapazes. Quando engravidei do Manuel, diziam-me "o que é que tu sentes? rapaz ou rapariga?" E eu, dizia: nada. Não tinha feelings se era para um lado ou para o outro. Era o que viesse. Mas, agora que tenho um rapaz, queria ser a mulher lá de casa, e, também, porque já levo a bagagem de educar um rapaz...embora seja sempre diferente.
Casar está nos planos?
Casar não está nos planos. Se estiver, será com os nossos filhos a irem ao casamento, portanto só daqui a uns anos. Se isso um dia se tornar uma opção. Para já, não.
Diria que o papel de mãe é o papel da sua vida?
É o papel da minha vida. Mudou na minha vida da seguinte forma: as coisas só têm o peso e a importância que de facto têm... Não têm nem a mais, nem a menos. Normalmente, até começam a ter menos, porque ele [Manuel] é o foco e o que importa é eu estar bem, para conseguir educá-lo, criá-lo e ter condições para que ele esteja bem. As coisas à minha volta acabam por ter muito menos importância do que anteriormente. Ser mãe tornou-me uma pessoa mais feliz e mais tranquila. Foi uma coisa boa. Aquela coisa do «deixaste de ir e deixaste de fazer», não, não deixei. Porque se eu for, vou estar com o coração nas mãos, porque quero estar com ele e já fiz muita coisa e hei-de ter tempo de fazer muitas mais, portanto, para já, ele é a minha prioridade e só assim é que faz sentido.