Júlio Machado Vaz: "Uma coisa é envelhecermos bem, outra é fingirmos que não envelhecemos"

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Na rubrica "Por Falar Nisso", powered by Multicare, o médico psiquiatra Júlio Machado Vaz ajuda a perceber como podemos envelhecer da melhor maneira.

  • 22 out 2019, 10:18

"Vivemos numa sociedade cada vez mais envelhecida", começa por afirmar Júlio Machado Vaz, salientando que é importante falar sobre a "questão do envelhecimento e não da velhice".

"Velhice tem por trás uma modalidade de estar" e "envelhecimento indica-nos um processo contínuo, fez questão de elucidar o médico psiquiatra, antes de citar duas afirmações da Organização Mundial de Saúde acerca deste tema. "As incapacidades que vão surgindo com o envelhecimento não estão diretamente relacionadas com esse envelhecimento", esclareceu, salientando que "não é uma relação de causa-efeito".

Ou seja, "estas incapacidades decorrem, muitas vezes, de situações que aparecem ao longo da vida e que, não raro, são modificáveis por nós", defende Júlio Machado Vaz, salientando uma máxima defendida por todos os profissionais de saúde de que é essencial investir na Educação para a Saúde.

Porém, para o médico, "quando falamos de estilo de vida saudável", não nos devemos restringir às recomendações para a prática de exercício físico, uma alimentação saudável e evitar o stress: "A Saúde é uma empresa global!".

"Para que seja possível melhorar a saúde, em termos gerais, é preciso que haja uma conjunção de vontade e de empreendimento que, de modo algum, dependem apenas dos profissionais de saúde", reitera o médico psiquiatra: "Assim como uma boa reforma se prepara com 10 anos de antecedência, um bom envelhecimento prepara-se ao longo de uma vida inteira".

Já no segundo vídeo da rubrica "Por Falar Nisso", o médico fala sobre outro dos problemas relacionados com o envelhecimento: o preconceito.

"O idadismo - preconceito relacionado com a idade - que, embora possa ser usado em relação a qualquer idade, é, normalmente, utilizado em relação aos mais velhos", segundo esclarece Júlio Machado Vaz, que lamenta que os idosos sejam olhados como um grupo homogéneo e que haja assexualidade em relação a esta faixa etária, por se considerar que "a sexualidade está reservada aos mais novos".

Além disso, na opinião do médico psiquiatra, os idosos vivem, ainda, outro tipo de pressão relacionada com o "analfabetismo em relação às novas tecnologias" ou as exigências de "uma sociedade virada para a aparência", que os relega para segundo plano.

Tal faz com que seja frequente vermos uma pessoa mais velha "a pintar o cabelo ou a fazer uma cirurgia plástica, não porque lhe apetece, mas devido a esta pressão", o que traz um problema agravado: "Uma coisa é envelhecermos bem, outra coisa é fingirmos que não envelhecemos."

Assista, agora, aos episódios, na íntegra.

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