Após enfarte, Maria Rueff: "É a primeira vez que falo disto"

Numa entrevista à Rádio Renascença, para o programa "As Três da Manhã", Maria Rueff recordou o episódio dramático que sofreu, depois de ter sofrido um enfarte agudo do miocárdio.

Foi no passado dia 26 de novembro que atriz, de 47 anos, teve de ser submetida a uma angioplastia de urgência e, agora, falou sobre o que sentiu no momento duro que viveu: "É a primeira vez que falo disto. Eu própria me assustei. Perdi um irmão com o mesmo caso. Há uma forte componente genética, mas há também uma vida de profundo stress. As nossas vidas parecem cor de rosa, divertidas, então de comediantes, mas são vidas de profundo stress", contou Maria Rueff, 

"Eu não tive exatamente a sensação de que estava a ter um ataque de coração. Sentia-me debaixo de um pneu de um autocarro, uma pressão no peito. A famosa dor no braço esquerdo é uma espécie de garrote. Eu achava que estava a ter um AVC e que podia ficar sem trabalhar. Só pensava... Como é que eu trabalho?"

Recorde-se que foi a filha da atriz, Laura, de 15 anos, que a socorreu. "Desde que nasceu que o meu coração lhe pertence, mas o que nunca pensei é que tivesse de ser ela a tratar dele. Na verdade, quando os primeiros sintomas de enfarte começaram, foi esta minha pequena/grande heroína, que ligou para o 112, explicou a situação, foi comigo na ambulância do INEM, sempre de mão dada na minha, para que eu não tivesse medo. Eu a mãe/ adulta insegura, ela a filha com apenas 15 anos, cheia de maturidade (como a vida inverte por vezes os papéis!...). Esperou nas urgências em São José, com a maior serenidade, pelo electrocardiograma que confirmaria o pior: enfarte agudo do miocárdio", contou Maria Rueff, na legenda de uma fotografia rara, na qual surge o rosto da filha adolescente, fruto da relação, entretanto terminada, com José Pedro Vasconcelos.

A, também, humorista destacou, trambém, o otimismo de Laura: "Nunca desanimando, viu que me transferiam para Santa Marta, onde desentupiria a coronária direita, acreditando sempre que eu saíria refeita do cateterisma. Sempre com um sorriso na cara, como se, no fundo, soubesse desde a primeira hora que o desfecho só podia ser feliz, talvez porque seja a única que me conhece por dentro, Afinal os nossos corações bateram juntos muito tempo...conhece-lhe muito bem a mecânica. Nem por um segundo deixou que me sentisse sozinha, chamou para ao pé de nós família e amigos. Nem por um segundo me olhou sem ser com compaixão e ternura. Não falhou a um único pedido meu. Sei que devo muito a todos os que me trataram, apoiaram, com mensagens, (tentarei aos poucos agradecer todas) visitas e ações, mas a ti meu Amor devo a gratidão maior - a de me teres salvo literalmente a Vida! Agora que este meu coração irriga melhor, que seja só para te dar ainda mais AMOR, que tanto mereces, minha doce filha Laura", terminou Maria Rueff.

Relacionados