Big Brother

Magda Burity sobre o "Big Brother": "Carina, já não te consigo safar!"

Que semana tensa dentro da casa mais vigiada do país desde o dia da gala a terminar este sábado, dia 24, na cozinha, em que a Carina e o seu grupinho continuam a insistir que se ela sair a culpa é do "idoso" do Pedro.

  • 24 out 2020, 19:40
Magda Burity
Magda Burity

Depois da discussão com a Sofia sobre a nomeação direta, Carina, em quem eu apostei todas as gomas e não me arrependo aqui de voltar atrás, porque apostas são apostas, teve uma semana de comportamentos repreensíveis na casa.

É que, mesmo achando piada à miúda, que nada tem a ver com o facto de trabalhar numa roulotte e ter uma história de vida do Portugal real, considero aqui que o "caso Carina" não é defeito, é feitio. E que, para ela, só valem "os seus" e, sendo assim, vai ser muito difícil a trajetória na vida desta menina de 21 anos que, ao ser contrariada, confrontada ou apanhada de surpresa com o que não gosta, o seu último reduto é a violência verbal, que também é uma forma de agressão.

Sororidade, sim. Mas não me vou colocar do lado de uma mulher que, só porque lhe apetece, começa aos pontapés às coisas, tal como condenaria a ação se viesse de um homem. Sendo assim, Carina, tudo o que disse na última crónica mantém-se, mas gostava que aproveitasses ao máximo a experiência na casa, aquele pôr-do-sol maravilhoso e que tensão não fosse o teu estado de sítio.

O mesmo se aplica à Jéssica F., o que me coloca aqui uma questão: o que é que se passa com os Millenials desta casa? Será que o ego deles tem o seu próprio autocarro? Uma piada que aprendi em Londres e fica mais gira em inglês: Does your ego has it your own bus?. O que, basicamente, é o que se manifesta em cada discussão que culmina em violência verbal ou quase física, que ia acertando o Michel com uma garrafa.

É que eu já fui bem nervosinha nos meus tempos, mas garrafas e ataques verbais daqueles fazem de mim uma menina, ou seja, planta ao pé destas concorrentes.

É um pouco difícil descrever esta casa com momentos bons ao longo de uma semana, a não ser as discussões. E isso cansa. Ver o Rui a faltar ao respeito à Andreia com as costas quentes de mais de metade da casa é sensaborão e entediante. Será que eles não percebem que a professora de dança está a jogar e que o passaporte para a final pode estar quase garantido com estes ataques?

Esperta como é, a jogadora do Seixal lá vai fazendo o seu jogo e acaba por ser uma espécie de Noélia dentro da casa que vai deixando tudo na mão dos portugueses e tem-se safado. 

Na realidade, acho que ninguém tem paciência para pessoas mal-educadas e com princípios enviesados e isso vai-se notando ao longo do jogo.

A ginástica que fizeram para a ação sobre bullying só demonstra a atitude que têm uns com os outros e achei a prova muito fraquinha e o brainstorming à volta ainda mais.

Aqui fora o cenário também não foi bonito e aquele ditado que se sustenta em "podem falar mal, mas falem" não caiu bem esta semana quando, em plena antena nacional, numa das rádios mais escutadas do país, um humorista proferiu comentários machistas, misóginos e sexistas em relação à vencedora do "Big Brother 2020".

A situação já foi notícia aqui na SELFIE, mas não quero deixar de passar em branco que uma coisa é comentar comportamentos dentro da casa, sempre com respeito pela dignidade humana de cada um. Outra coisa é promover movimentos misóginos em que este tipo de piadas é ancorado e aplaudido por uma fatia da sociedade e em direto.

É que há uma diferença entre ser engraçado e ser engraçadinho. 

Saravá.

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