Crónicas

Magda Burity comenta o "Big Brother": "A humildade, o narcisismo e o amor"

Desde domingo que os concorrentes da casa não me acrescentaram nada de novo enquanto seres individuais.

  • 8 out 2020, 17:06
Magda Burity
Magda Burity

O Pedro, por muito frontal que seja e pense que o seu papel é arrasar, com tudo e com todos, cheio de opiniões – tal como foi apresentado na gala – a mim, não me acrescentou nada. Ponto.

Passaram-se dois dias e já teve dois momentos de tensão na casa, com a Jéssica e com a Carina. Tudo bem que a Carina ferve em pouca água e é difícil ficar em ponto caramelo, quando é provocada, mas logo no primeiro dia, Pedro?

É que mais vale cair em graça do que ser engraçadinho. E a discussão com a Jéssica? Apesar de achar que a fadista podia ter mais moderação no léxico, também não abonou a favor dele.

Eu bem tento procurar pontos positivos na dinâmica da casa, mas os conflitos e a falta de empatia que estes concorrentes insistem em praticar uns com os outros deixam-me exaurida. Lá estou eu a copiar o Pedro Crispim!

É, também, impossível ficar alheia ao narcisismo do Rui e não condenar - atenção que é só uma palavra e estou a analisar um concorrente, porque, depois do "Big Brother", ele passa a ser o Rui da vida dele - a atitude que teve para com a Joana, em que o seu "eu eu eu eu" já cansava. Não saber lidar com o #aquiloquenãoestásàespera desestabiliza o grupo, rapaz!

Situação muito semelhante ao episódio de quando foi nomeado, na primeira semana, pela Sandra e pela Andreia, o que revela muito da personalidade do Rui. Será tão seguro assim? Nunca ouvi dizer que sinónimo de humildade é apregoá-la a cada cinco minutos, mas, sim, vivê-la na plenitude. Até porque a humildade, quando existe, permite-nos admitir que errámos e seguir em frente.

A grande velocidade seguem, também, as relações na casa, ou, quiçá, as emoções e as hormonas dos rapazes e raparigas, que eles cá não gostam de gente mais velha, ou da minha idade, no grupo. Ainda estou para perceber!

É divertido ver que se vão criando romances ou que, pelo menos, a luz cinzenta dos ecrãs na reggie já serve para algo mais do que para vê-los dormir e cochichar. Faz-me lembrar os meus tempos de diretora de conteúdos do "Big Brother Angola", em que fazíamos apostas para ver qual seria o par que se ia formar primeiro.

A diferença ou o luxo da minha reggie é que éramos uma equipa multicultural e, ali, falava-se português, changana, inglês, zulu, cossa, afrikaans, e tantas outras línguas da África do Sul.

É isso que se pretende, dentro e fora da casa. Que toda a gente se aceite, se respeite e que haja menos conflitos para construirmos um mundo melhor.

Saravá!

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