É a mais recente polémica, no mundo dos famosos: no Instagram, Dino D'Santiago partilhou um vídeo, no qual se pode ver um taxista que se recusa a levar o artista, de 40 anos, à respetiva casa, na Amadora.
"E esta m**** continua, mesmo passados tantos anos!!!", começou por escrever Dino D'Santiago, visivelmente indignado, citado pelo site da CNN Portugal.
De seguida, o músico enumerou experiências anteriores semelhantes a este episódio: "Acontecia-me sempre que chegava ao Porto e queria apanhar um Táxi na praça de táxis da Batalha! Hoje, saio do Coliseu dos Recreios e decido apanhar um Táxi na Praça do Rossio, em vez do habitual Uber, e a história repete-se! Talvez se o destino final não fosse a Amadora, a história poderia ter um final menos infeliz!"
Dino D'Santiago explicou que o taxista estava parado na praça de táxis e terá recusado o serviço, quando soube que o destino era a Amadora, alegando que "já não tinha tempo", porque estava quase a sair do serviço. Em resposta, o músico sublinhou que, sendo assim, o motorista de táxis não deveria estar parado na praça.
Entretanto, após a divulgação desta notícia, a Associação Nacional Táxis Unidos de Portugal (ANTUP) emitiu um comunicado de imprensa - citado, mais uma vez, pela CNN Portugal - através do qual "lamenta a situação", como, também, lamenta que a denúncia tenha sido feita através da "Internet" e não "em sede própria".
Nesse documento, a ANTUP esclareceu que "tomou conhecimento, esta manhã, pela comunicação social, da situação denunciada pelo cantor Dino D'Santiago", destacando que lamenta a situação e recordando que o artigo 17 da lei 251/98 enaltece que "os táxis devem estar à disposição do público, existindo algumas exceções para a recusa do mesmo".
No final da mensagem a ANTUP pediu que "qualquer tipo de situação em que a lei não seja cumprida seja denunciada em sede própria a fim de seguir os trâmites legais". Como "a denúncia foi feita na Internet, pelo cantor, apenas denigre a imagem de um setor de forma abrangente, incitando ao ódio, basta ver as dezenas de comentários, atitude que também lamentamos", pode ler-se, ainda.
Mais tarde, Dino D'Santiago voltou a manifestar-se sobre o assunto, já que o vídeo foi bloqueado nas redes sociais: "Desativei os comentários na partilha que o Facebook e Instagram acabou de me bloquear, porque a troca de mensagens de ódio e insultos a terceiros já nada tinha a ver com o propósito do meu manifesto de pura indignação de algo que foi acontecendo durante toda a minha vida e, pela primeira vez, tive a oportunidade de captar."
"Não foi, não é e, infelizmente, não será um caso isolado, tem acontecido desde sempre, mas, desta vez, tive um taxista, que acabou por me transportar a casa, que me incentivou, e bem, a denunciar, pois sabia que nenhum táxi fica parado numa praça de táxis à espera de alguém. E muito menos fará uma viagem de Lisboa-Porto às 00:20 horas. Mesmo que fizesse, a senhora por quem alegou esperar não conseguiria pagar uma viagem do Rossio ao Cais do Sodré?", acrescentou o intérprete de "Nova Lisboa".
Dino D'Santiago deixou, então, mais um apelo: "Para todos os filhos e todas as filhas dos subúrbios, que, durante toda uma vida, foram obrigados a esconderem as moradas e origens, para que o simples acto de utilizar um serviço público não fosse considerado 'uma ameaça'. Não façam como fiz durante a minha vida toda, ficar no silêncio, aceitando e normalizando, porque, afinal, 'é assim'. Não.
Pode e será diferente. Só depende de nós a mudança. Talvez seja difícil para a grande maioria perceber que é nestes atos simples, de apanhar um táxi e ser negado esse direito vezes sem conta, passando de taxista em taxista, até que um decida que não somos uma ameaça, para que percebamos que, realmente, ainda não somos todos iguais."
"Podem bloquear as nossas partilhas, mas nunca bloquearão a vontade de mudança por um mundo novo", concluiu.
Veja, agora, algumas das melhores imagens partilhadas por Dino D'Santiago, nas galerias de fotografias que preparámos para si.