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Marcos Pinto: "A minha mãe morreu, quando eu tinha 13 anos"

A propósito do Dia da Mãe, Marcos Pinto recorda a mãe, que faleceu, quando o jornalista tinha, apenas, 13 anos.

Em exclusivo para a SELFIE, Marcos Pinto fez uma viagem no tempo e recordou as memórias mais especiais que tem com a respetiva mãe: "São memórias de infância, a passearmos pelas ruas de Hamburgo, porque nasci em Hamburgo, na Alemanha. O meu pai trabalhava à noite e tinha de dormir durante o dia e a minha mãe ficava por casa, a tomar conta de mim. Eu era muito, muito pequenino. E lembro-me de irmos brincar para o jardim, perto de casa. São memórias bem felizes e gravadas na minha vida."

"Tenho outras memórias com outras mães que tive - as minhas avós - Maria e Teresa. Têm a ver com o inverno lá na minha terra, em Riodades. Estávamos sempre à lareira e a conversar. Conversávamos durante horas e horas e horas... Era muito bom ouvir histórias dessas duas mulheres extraordinárias e aprender com o que elas viveram e perceber que foram histórias de superação e de resiliência", acrescentou.

Aliás, Marcos Pinto recordou, emocionado, o beijo e o abraço de ambas as avós: "Quando vim estudar para Lisboa, comecei a ir poucas vezes a passar o fim de semana [com as avós] e essa é uma memória que guardo com muita alegria: o momento em que fazia uma enorme surpresa, aparecia lá em casa, sem avisar, e elas davam uma espécie de um grito de surpresa e ficavam muito, muito contentes."

"Sem dúvida que as minhas avós foram muito importantes. Criaram-me em momentos em que estive longe dos meus pais, que estiveram emigrados. Eu estava na minha aldeia e foram elas quem tomaram conta de mim. Passava o tempo a correr entre a casa de uma e de outra - foram memórias muito felizes. As avós estragam-nos mesmo com mimos. Confirmo! Não é uma teoria!", exclamou, ainda.

Marcos Pinto ainda nos revelou uma história bastante pessoal. E a mãe do jornalista é a protagonista. "Perdi a minha mãe muito cedo. A minha mãe morreu, quando eu tinha 13 anos. E uma das histórias mais impactantes que vivi com ela foi no último dia de vida da minha mãe. Na altura, estudava, em Viseu, e fui passar o fim de semana à terra. Nessa altura, a minha mãe já estava muito, muito doente, e eu já não vivia com a minha mãe, eu vivia em casa da minha avó", começou por contar.

"Lembro-me de ter passado ao lado da casa da minha mãe e de ter pensado... Já era muito tarde e a porta estava fechada. E eu pensei se devia visitar a minha mãe nessa noite ou se devia esperar pela manhã seguinte. E a verdade é que, durante essa noite, foi a noite em que a minha mãe faleceu. E durante muito, muito tempo fiquei a pensar no que teria sido se, em vez de ter olhado para aquela porta, de uma casa que parecia estar fechada... Na verdade, a minha mãe já devia estar a descansar nessa altura e essa foi a minha intenção positiva: foi pensar que não a devia incomodar, porque ela estava a descansar e, na manhã seguinte, eu poderia estar com ela. Já não tive mais essa oportunidade", acrescentou.

"Durante muito, muito tempo, pensei se podia ter feito alguma coisa de diferente. Durante muito tempo, vivi esse momento com tristeza, mas também houve um momento, na minha vida, em que percebi que podia reescrever essa parte da história e ter uma nova oportunidade. Então, imaginei e concretizei na minha mente que, naquela noite, entrei mesmo em casa e estive com a minha mãe, pela última vez", garantiu, ainda.

Com esta história, Marcos Pinto quis deixar uma mensagem aos leitores da SELFIE: "Não deixem nada por fazer. Não deixem nada por dizer. Então, em relação à mãe, avancem sempre. Seja com um beijo, seja com um abraço... Não deixem nada por fazer. Neste Dia da Mãe, arranjem forma de apertarem a vossa mãe com o vosso maior abraço. Nunca sabemos o que pode acontecer na hora a seguir, no dia a seguir."

No final, o jornalista enaltece, uma vez mais, o papel importante das avós: "Esta história envolve, também, as minhas avós. A minha avó Maria era mãe da minha mãe e foi uma avó extraordinária, porque ela tomou conta da minha mãe até ao último dia de vida. E a minha avó Teresa, minha avó paterna, foi também uma mulher extraordinária, porque eu ainda era um jovem e, portanto, foi ela quem tomou conta de mim. Na altura, o meu pai estava emigrado e eu precisava que alguém tomasse conta de mim."

Veja, agora, as declarações exclusivas de Marcos Pinto, no vídeo.

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