Foi, de facto, uma das perguntas mais impactantes que me fizeram e que me fizeram pensar que, afinal, somos todos peregrinos neste lindíssimo planeta. Todos vamos embora, um dia. Esta é, talvez, uma das únicas verdades absolutas que o ser humano pode ter. Somos mortais.
Este pensamento levou-me para duas esferas distintas. Primeira: quero continuar no caminho em que estou Segunda: que legado deixaria, se partisse, agora?
A jovem brilhante Emma Watson disse: "Se não eu, quem? Se não agora, quando?" A maturidade - emocional - ensina-nos que há que parar nos momentos de maior pressão, isto porque sabemos que a confusão mental é um complexo labirinto, sem principio nem fim, que nos tira a lucidez e o discernimento. Agir de forma automática, que é o que fazemos no nosso dia a dia, não nos tira desse labirinto. Estreita-o.
É preciso parar e pensar. Pensar requer que se faça silêncio na nossa mente ou, pelo menos, que se aquiete o hemisfério esquerdo do cérebro - o racional. A mente acha que sabe o que é melhor para nós, mas ela não é mais do que uma amálgama de experiências passadas - positivas e outras -, memórias e traumas que foram minando a nossa autoestima. Ela vai, com o tempo, e se permitirmos, tornando-nos mais e mais derrotistas, inseguros, amargos, etc...
Qual é o melhor momento para pararmos? É agora! "Agora não tem tempo, porque blá, blá, blá". E antes de dormir? "Ah, está cansada/o", entendo… E assim se vão passando os dias, as semanas, os anos… Há momentos especiais para encerrarmos ciclos? Sim e não.
Sabe que, na primavera, celebrarmos o regresso do sol? Esta é a altura de semear. Então, o que vamos plantar? Novos e melhores projetos? Isso, boa!
Que projetos que nos fazem sorrir; que comportamentos nos tornam mais sociáveis, criativos e felizes; que atividades nos enriquecem mais, seja espiritual, social, pessoal ou profissionalmente? O que acalenta o nosso coração?
Outra altura? No seu aniversário! Ainda outra? No início do ano civil. Ou num outro qualquer momento que lhe faça sentido.
Mudar pode ser assustador, porque nós temos medo do desconhecido. Porém, a energia yang e a adrenalina também nos fazem sentir imparáveis, valentes. Há quanto tempo não se sente assim?
Esperar o momento certo é, muitas vezes, pura procrastinação. O momento certo cria-se com a nossa vontade! É o exercício do poder pessoal. É aqui e agora, porque eu quero.
Estas são as questões que me coloco, quando sinto que mais um ciclo - de dois, sete, 21 anos - se inicia. Agora, desafio-o a colocar estas questões a si mesma/o. Vai aceitar o desafio?