Mais de dois anos depois de ter lançado "Pra Cima de Puta", que abordava o bullying de que é alvo nas redes sociais, Cristina Ferreira foi ouvida, esta quinta-feira, dia 2, no Parlamento.
"O debate chegou, hoje, à Assembleia da República. Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas, na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na Internet", contou a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI, no Instagram.
"A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na Assembleia e segue para plenário em breve. A tipificação do crime de ofensa nas redes sociais e a criação de uma entidade reguladora foram alguns dos pontos por mim defendidos nesta comissão. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade de agressão", argumentou Cristina Ferreira.
Segundo a apresentadora, "a necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente". "Por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social", sublinhou a responsável do canal de Queluz de Baixo.
"Nas redes sociais, somos todos figuras públicas. E, sem formas de regulação e sem o seu exercício, julgamentos sumários e agressões gratuitas continuarão a multiplicar-se impunemente na Internet. Um espaço de socialização importantíssimo para não ter um olhar célere e capaz de prevenir futuros danos geracionais. Hoje, foi um dia importante", rematou.
De acordo com dados divulgados por Cristina Ferreira na comissão parlamentar, o livro "Pra Cima de Puta" vendeu "cerca de 30 mil exemplares". As receitas "foram entregues a uma associação de combate ao cyberbullying. Essa mesma associação, a nivel escolar, tem promovido uma série de workshops para que essas mesmas pessoas, jovens, que frequentam os workshops, tenham uma capacidade de defesa", disse.
Veja, agora, as imagens partilhadas por Cristina Ferreira da ida à Assembleia da República.