Entrevistas

Comovido, João Baião abre o coração: "A imagem de uma mãe num caixão não se esquece nunca"

Foi numa conversa intimista com Cristina Ferreira que João Baião falou sobre a morte dos pais, refletindo sobre a forma como lidou, e lida, com tamanha dor.

A mãe de João Baião, Maria Luísa, morreu, no passado dia 7 de outubro, aos 84 anos, na véspera do apresentador completar o 56.º aniversário. Um ano antes, João Baião já tinha perdio o pai. Uma fase difícil que o apresentador atravessa, sem nunca perder o profissionalismo que os colegas lhe reconhecem.

"O meu pai foi marceneiro [...] O meu pai, se quisesse, podia ter sido artista porque ele cantava muito bem. [...] A minha mãe estudava teatro e o meu pai estudava música", contou. O facto dos pais terem tido contacto com o meio artístico, permitiu compreenderem João Baião, depois do apresentador terem decidido fazer carreira no teatro. 

"Faço questão de estar perto das pessoas, quando gosto delas", respondeu o apresentador, quando Cristina Ferreira sublinhou o carinho que o, também, ator tem para com os amigos e colegas.

Antes dos progenitores, João Baião teve de lidar com a morte dos avós: "Estava a fazer teatro, no Teatro Aberto, no dia em que os meus avós morreram. E foi, assim, o meu primeiro baque, das pessoas mais perto que partem. Foi uma coisa horrível. Estava no palco e não sabia o que estava a fazer. Estava completamente ausente. Foi, assim, a primeira experiência. quando foi o meu pai, estava a fazer programa com a Tânia [Ribas]. E o público está aqui, porque quer viver a experiência do programa e não tem que 'levar' com o meu sofrimento. Então, enquanto tivermos o compromisso de estarmos divertidos, porque é a essência do programa [...] É muito complicado explicar como é se pode estar alegre, quando se está desfeito por dentro 

"Se tivesse ficado em casa, tinha sido pior, porque a minha mãe tinha mais orgulho em mim. Como todas as mães têm orgulho nos filhos. E gostava muito da minha alegria, do meu programa, daquilo que fazíamos", disse, sobre o sábado que trabalhou, depois de ter perdido a mãe, na segunda-feira dessa mesma semana.

"Estou, todos os dias, a homenagear os meus pais, porque eles apoiaram-me, sempre, muito", disse, recordando ambos.

Mais à frente, e em conter as lágrimas, João Baião falou sobre o dia em que se despediu da mãe: "A imagem de uma mãe num caixão não se esquece nunca. [...] Há uns dias, o Marco Paulo foi ao programa cantar um tema maravilhoso do Pedro Abrunhoso e, de repete, naquela frase 'quero voltar para os braços da minha mãe', é uma coisa tão forte, tão forte que tu pensas que já não vai ser possível".

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