Marina Mota foi a convidada deste sábado, dia 21, de Fátima Lopes, no programa "Conta-me Como És". Numa conversa franca, a atriz, de 57 anos, abordou o trajeto pessoal e profissional.
Ao recordar o percurso no mundo artístico, Marina Mota sublinha uma ideia que já tem destacado em outras entrevistas: "Eu não escolhi a profissão, foi ela que me escolheu em todas as áreas em que me movimentei. Com o teatro também foi assim". A artista ainda lembra que foi o fado o que a levou até ao teatro.
Com uma ponta de desilusão, Marina Mota lamentou que o fado e o teatro de revista nunca tenham sido valorizados como deveriam. "Já senti essa mágoa, mas entretanto amadureci", contou, acrescentando, de seguida: "Se um dia o teatro de revista vier a ser reconhecido, porque acho que vai, vou achar interessante ouvir pessoas que diziam que 'nojo', a dizer que gostam".
Marina Mota aproveitou a entrevista para denunciar "a falta de respeito" de alguns colegas de profissão com quem teve a oportunidade de trabalhar em televisão, seja porque, por exemplo, deixavam papéis espalhados pelo plateau, seja porque usavam de forma constante o telemóvel. "O plateau é um lugar sagrado", afirma a atriz.
Franca, Marina Mota admite que tem criado atritos com alguns teatros para os quais é impedida de levar os seus espetáculos: "Não é fácil para as pessoas ouvirem as verdades. [...] Não acho que isto não seja nem justo, nem bom para a população. Só se deveriam preocupar com a qualidade de determinado trabalho".
(Re)veja a entrevista de Marina Mota, na íntegra, no vídeo