O antigo jogador de futebol e comentador da TVI recordou o momento em que o pai, na bancada, se emocionou ao vê-lo marcar um golo frente à Espanha, ao serviço da Seleção Nacional, no Euro 2004.
Nuno Gomes falou, ainda, sobre o período difícil que viveu durante a luta do pai contra o cancro e os dias que se seguiram à morte do progenitor, Joaquim Ribeiro, em 2010.
"O meu pai não merecia ter ido tão cedo. O meu pai teve várias dificuldades quando era jovem. Era uma das pessoas mais inteligentes que conhecia e pouco estudou. Teve desde cedo que trabalhar. E, quando estava a entrar numa fase da vida dele em que estava a acabar de chegar à reforma, onde tinha mais tempo para ele, eu próprio também já estava a caminhar para a fase final da minha carreira", começou por dizer Nuno Gomes.
"Eu saí cedo de casa e é sempre complicado… Fico sempre com aquele amargo, faltou-me tempo para estar com o meu pai", assumiu o ex-futebolista, em conversa com Fátima Lopes, no programa "Conta-me como És".
Sobre os dias em que o seu pai lutava contra o cancro, o antigo jogador de futebol admitiu que não esteve tão presente como gostaria por causa das responsabilidades profissionais para com o Benfica, clube ao serviço do qual se celebrizou.
"A vida de um jogador de futebol nem sempre é um mar de rosas", considerou, explicando: "Há sacrifícios que têm de ser feitos e, normalmente, é a família que sofre mais com isso".
Pai de dois filhos, Laura, de 19 anos, fruto do casamento entretanto terminado com Isméria de Jesus, e de Nuno, de 8, do atual casamento com Patrícia Aguilar, o futebolista explicou que mantém, com ambos, uma relação muito próxima e de grande cumplicidade.
"Depois do falecimento do meu pai, comecei a olhar para a relação entre pais e filhos de outra maneira. Não quero que os meus filhos possam dizer que passaram pouco tempo com os pais", assegurou.
Veja o vídeo com a entrevista de Nuno Gomes a Fátima Lopes, na íntegra.