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"Tratei mal a Catarina, fui bruto com ela". António Raminhos fala sobre problema de saúde

Foi através das redes sociais que António Raminhos partilhou com os seguidores que foi diagnosticado com Transtorno Obsessivo Compulsivo e que teve de procurar ajuda para lidar com o problema.

  • 9 jun 2020, 12:35
Redação

Num vídeo publicado no Instagram, o humorista, de 39 anos, abriu o coração, na esperança de conseguir ajudar outras pessoas que passam pela mesma situação.

Diagnosticado com Transtorno Obsessivo-Compulsivo, um distúrbio do foro mental, que se traduz, muitas vezes, em ansiedade e pensamentos obsessivos, António Raminhos falou sobre a importância da terapia.

Para explicar, António Raminhos começou por recordar um episódio em que acordou "com a neura" e acabou por tratar mal a mulher, Catarina Raminhos.

"Parecia que a Catarina me tinha deixado. [...] A pior coisa que se pode fazer é embarcar nestes pensamentos e ficar parado. [...] Tratei mal a Catarina, fui bruto com ela, respondi-lhe de forma negativa, respondi-lhe mal", começou por contar.

"Po causa da terapia, já sei, mais ou menos, o que fazer. Mas o importante é aprendermos, de algum modo, a conviver com isto. Se não encontro nada que lhe dê significado, 'abraço' esta neura. É preciso ter cuidado, porque a energia da pessoa baixa quando acordamos assim. E isso acaba por atrair mais coisas, mais pensamentos, as situações encaram-se, logo, de um modo muito mais negativo", assumiu.

António Raminhos explicou, ainda, de que forma lidou com o que aconteceu: "Fui ter com a Catarina e pedi-lhe desculpa. Fui deixar as duas miúdas mais velhas na casa de uma amiga, fomos ver o mar e voltei para casa… Estive aqui um bocadinho a ler, fui fazer uma meditação de dez minutos. Tudo isto com muito pouca vontade, mas a verdade é que tenho a certeza de que estaria muito pior se não tivesse feito nada disto. A partir do momento em que nos começamos a compreender um bocadinho melhor e a saber quem somos (e daí a importância da terapia), também começamos a conseguir responder um bocadinho melhor às coisas, porque a primeira vontade é, obviamente, não fazer nada. Simplesmente, aceitei o facto de estar a sentir o que estava a sentir naquele momento e não fiquei parado. Mesmo com os pensamentos sempre presentes, procurei fazer o que é suposto, aumentar o meu padrão de energia."

De seguida, António Raminhos incentivou as pessoas que sofrem deste transtorno a procurar ajuda psicológica.

"Para que outras pessoas possam ver e compreender aquilo que eu, se calhar, não compreendia noutras alturas: não estão sozinhas e não há vergonha em pedir ajuda. Não há vergonha em, às vezes, não conseguirmos lidar com o que sentimos. É mostrando um bocadinho de compaixão por nós e aceitando as nossas falhas que conseguimos, pouco a pouco, levar as coisas a bom porto. Uma das coisas mais importantes que eu, antes, não fazia, era pedir desculpa à minha companheira. Antes, ficava só danado e ia pedir desculpa, revoltado, mas, desta vez, fui só pedir desculpa pela situação", explicou.

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