Entrevistas

Ana Arrebentinha confidencia à SELFIE: "Procuro um amor lindo como o dos meus pais"

A alentejana Ana Arrebentinha esteve à conversa com a SELFIE e desvendou os próximos projetos profissionais, numa conversa em que a boa disposição foi uma constante.

- Sempre teve o sonho de ser atriz? O que queria ser quando era criança?
Quando era pequena, queria ser professora de educação física. Mais tarde, na adolescência, é que pensei, verdadeiramente, que queria ser atriz. Contudo, achei que nunca se iria tornar realidade, pois, para mim, que vivia na Amareleja, Lisboa ficava do outro lado do mundo. Mesmo assim, vim para Lisboa estudar Teatro.

- É uma alentejana dos 'sete costados'?
Sim, e tenho muito orgulho nisso! Mantenho o meu sotaque, que, aliás, é o meu ganha-pão. Nós, os alentejanos, ao contrário da ideia preconcebida, somos muito despachados e tenho uma característica que acho que, também, nos é muito própria: quando algo não corre bem, seguimos em frente. Sempre fui proativa e empreendedora - teve de ser - e, em conjunto com o Carlos Alves [ator e autor], fundei uma produtora de teatro, com a qual começámos a fazer as nossas próprias produções e as nossas peças.

- Qual a principal dificuldade em manter uma produtora em Portugal?
Começar do zero é muito difícil. Tens de pôr muito dinheiro do teu bolso, investir muito do teu tempo, manter uma equipa e tens de concorrer a fundos, que, nem sempre, se conseguem ganhar. No fundo, é muito amor à arte.

- O que levou ao fim da produtora?
Entretanto, comecei a dar aulas de Teatro a crianças e a ter mais trabalho em televisão, muitos espetáculos como comediante e já não tinha tempo para me dedicar como queria a esse projeto.

- O que é mais gratificante nas aulas de Tetaro que dá a crianças?
Dou aulas a crianças entre os 3 e os 10 anos, e, embora não seja fácil - eles são muito reguilas -, é muito satisfatório, porque sentes que não estás apenas a dar aulas de Teatro e a preparar atores, mas a dar-lhes inúmeras ferramentas que lhes serão úteis na vida futura. Aprendem a lidar com o outro, a ler e contar histórias, a ser mais desinibidos, a ser capazes de falar em público. Quero que, um dia mais tarde, se lembrem de mim e das histórias que lhes contava.

- Este trabalho com crianças, despertou o desejo de ser mãe?
Tenho vontade de ser mãe, claro que sim, mas, agora, estou num momento da minha vida em que tenho muito trabalho e não seria o mais indicado para ter um filho. Trabalhar com estas crianças também me fez ter mais vontade de adiar... (risos) Não, fez com que, um dia, quando for mãe, já esteja mais preparada e saiba lidar melhor com as manhas das crianças. (risos) Agora, as minhas amigas estão grávidas e há sempre aquela 'pressão', mas lido bem com isso. Tenho 26 anos e tenho tempo para ser mãe.

- E já existe um pai para a criança?
Não, mas podemos abrir um concurso... (risos)

- E quais seriam os requisitos para concorrer?
Eu não tenho muitos requisitos, a não ser ser rico... (risos) e ser muito rico (risos). Agora a sério, tem de ser alguém que me trate bem e que se preocupe comigo, mas, para já, ainda não estou à procura. No fundo, procuro um amor lindo, como o dos meus pais, que estiveram casados mais de trinta anos, até à morte do meu pai. Eram um daqueles casais que nunca dava um passo um sem o outro e sempre teve o cuidado de não nos deixar ouvi-los discutir. Tenho um grande exemplo em casa. Tive um pai maravilhoso!

- E como é ser a irmã mais nova de dois rapazes?
Domino aquilo, completamente! As mulheres dominam sempre tudo e, quando vim para Lisboa, eles ajudaram-me imenso, em tudo. São muito protetores e adoram ver-me.

- Como vai ser agora este espetáculo "Coisas de Mulheres"?
Estreia esta quinta-feira (dia 6), uma versão atualizada do espetáculo que já tinha esgotado há três anos. É uma peça muito gira, um stand up encenado, um monólogo, um desabafo... 

- E as 'coisas de mulher' mudaram muito em três anos?
Sim, mudaram um bocadinho, porque aparecerem mais detox's, mais sementes, mais modalidades e ginásios... É quase um espelho. É um espetáculo que surge muito da observação.

- O que vai seguir-se a este "Coisas de Mulheres"?
Vamos entrar em tour durante um ano, por todo o país e, também, junto de algumas comunidades de emigrantes no estrangeiro.

- O que gostava de fazer a seguir?
Sonho um dia fazer um talk show!

- Tem alguma referência nessa área?
Em Portugal, adoro a Filomena Cautela e o que ela faz. Mas amo a brasileira Tatá Werneck, que é mais a minha onda. Eu tinha a cara de pau de fazer muitas das coisas que ela faz.

- E em relação aos cuidados de beleza, qual o segredo da boa forma da Ana?
É passar fome! Ser alentejano e ter de fazer dieta é um mal que não desejo a ninguém... Quando vou a casa, depois, ando o resto da semana a sopa e a detox. Depois, temos de ir para o ginásio: não há dieta sem sacrifício. Para evitar a tentação, em casa, nunca tenho gomas nem chocolates. Tento fazer uma alimentação saudável.

- Qual o ritual de beleza de que não prescinde?
Sorrir e ser feliz! 

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