Entra em vigor este domingo, dia 30, a lei portuguesa de vistos para nómadas digitais que permite que estes trabalhem, remotamente, em Portugal, com incentivos fiscais.
Esta medida está a indignar algumas figuras públicas. É o caso de Catarina Raminhos. "Estou muito zangada com este incentivo aos nómadas digitais que queiram vir trabalhar para Portugal", começou por referir a escritora.
"Entrego quase um quarto daquilo que ganho, matando-me a trabalhar, através da minha pequena empresa de duas pessoas - eu e o António Raminhos. Incentivos? Eu cá não tenho! Não sei o que isso é. Sei o que são impostos, todos os nomes que têm. Mas, pelos vistos, vou ajudar a pagar estes incentivos que o Governo do meu país acha bem dar aos outros", criticou.
"Ah, mas devem comprovar que recebem pelo menos 2820 euros mensais (uma fortuna para nós, um ordenado normalíssimo para eles). Muito zangada, também, por sentir que, ao defender os meus direitos, adoto um discurso de que não gosto mesmo nada", completou.
Recorde-se que este visto especial para nómadas digitais é aplicado a trabalhadores cujos rendimentos ultrapassem os 2800 euros mensais.