Tânia Ribas de Oliveira arrasada com morte de criança: "Quase me falta o ar"

A apresentadora partilhou no blogue um desabafo comovente sobre o caso trágico de um pai que matou a filha de apenas dois anos.

  • 9 fev 2019, 13:47
Igor Pires

Tânia Ribas de Oliveira não conseguiu ficar indiferente ao caso que marcou a atualidade nacional: um pai raptou a própria de filha, de apenas dois anos, da casa dos avós e, depois, matou a menina, deixando o corpo na bagageira do carro.

No blogue, a apresentadora abriu o coração sobre esta tragédia: "Os meus filhos dormem há muito tempo nas suas camas quentes e o meu coração continua inquieto por uma filha que, não sendo minha, morreu estrangulada pelo próprio pai. Penso na Lara, que foi notícia em todos os jornais e televisões, e penso na mãe dela que perdeu a própria mãe e a filha às mãos de um homem que depois se suicidou. Já quase me falta o ar, quando no meu pensamento vivem de repente todas as crianças e mulheres que, não só não têm uma cama quente como a que têm os meus filhos, como lhes falta paz e dignidade", começou por escrever Tânia Ribas de Oliveira.

A apresentadora mostrou-se muito emocionada com o drama de violência doméstica que assola o nosso país: "Quantas crianças existem neste país a acordar à noite com os gritos das suas mães? E agora, que as lágrimas não páram de me cair, levo as mãos aos olhos e quero trazer todas para casa.Trazer os menores e as mães maiores que têm o coração tão ferido e tantas marcas no corpo e na alma que também precisam de colo como os seus filhos. E eu sei que o meu colo pode apaziguá-las por alguns momentos, mas não vai resolver esta tragédia. Esta tragédia tem de acabar. Daqui a uns dias já ninguém vai falar da Lara e muito menos da mãe dela e da avó que também partiu, mas quantas Laras (meninas ou meninos) existem em escolas, casas e ruas por onde passamos todos, de norte a sul e nas ilhas? Estas crianças são também nossas! Elas e as suas mães! São da nossa responsabilidade cívica.” 

“Tenho um nó imenso no coração e sei que cada uma/cada um de nós também tem. Não sei o que podemos fazer, mas sei que temos de agir. Todos, enquanto sociedade democrática, não podemos permitir que mais uma mulher que seja possa ser violentada pelo companheiro. Nem podemos permitir que os filhos destas mulheres cresçam com gritos e violência, com medo, com ódio e com uma revolta que será uma tatuagem de tinta permanente. De sangue. Já chega. Os tribunais têm de punir estes assassinos, antes de o serem. Porque já basta matarem aos poucos e todos os dias quem já perdeu a voz. E a esperança", concluiu Tânia Ribas de Oliveira. 

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