Patrícia Silva não conteve a emoção ao recordar os momentos mais marcantes pelos quais já passou. Na "Curva da Vida" da gala deste domingo, dia 16, do "Big Brother", a concorrente impressionou os telespectadores ao relatar a dor e o sofrimento que pautam o respetivo percurso.
Nascida em Vila do Conde, Patrícia Silva começou por recordar a infância e o bullying que sofreu, na escola, por ser "muito magrinha". "Às vezes, tinha vergonha de ir para a escola, porque chamavam-me 'magricela', 'trinca-espinhas', 'esfregona', etc. Às vezes, fugia da escola. Escondia-me para não ter de ir para lá", lembrou.
Em 1999, por amor a um homem, a concorrente do "Big Brother" deixou os pais em sobressalto. "Fugi de casa, porque gostava do meu vizinho. Os meus pais sabiam que a família dele era complicada e, para que eu não fosse envolvida em nada, andaram sempre atrás de mim. Mas eu gostava tanto dele que, quanto mais eles me prendiam, mais eu queria estar com ele", confessou.
"Os meus pais não tiveram outro remédio que não internar-me. Internaram-me num colégio de freiras, em Gaia, quando eu tinha 15 anos", contou. Foi lá que, segundo Patrícia Silva, sofreu maus-tratos.
"Foram meses dolorosos. Bateram-me, quase não saía do quarto, porque tinha medo que elas me apanhassem no corredor. Lembro-me de, uma vez, estar há 13 horas dentro do quarto quando bateram à porta e disseram que eu tinha de limpar a copa. Eu disse que cozinha era a minha função, não a copa. Quando fui lavar os dentes, à noite, apanharam-me no quarto de banho e deram-me pontapés... Lembro-me de fazer chichi pelas pernas abaixo por causa da porrada", recordou, em lágrimas.
Também emocionada, a concorrente do "Big Brother" lembrou o pai, que perdeu a luta contra um cancro em apenas meio ano. "Em 2018, o meu pai ficou doente. Sentiu-se mal, com uma dor muito forte do lado direito. Encontraram alguns nódulos no fígado e, depois, viram que o tumor primário era no pâncreas. Depois disto, o meu pai só durou seis meses. Acompanhei o meu pai em todas as consultas, desde 2018 até ao dia em que ele faleceu. Sempre! Eu nem queria acreditar que aquilo estava mesmo a acontecer e que ele estava a morrer", desabafou.
O dia da morte do progenitor foi o mais marcante da vida de Patrícia Silva. "No dia 30 de maio de 2019, eu, as minhas irmãs e os irmãos do meu pai estávamos ao lado dele, a segurar-lhe a mão. Acabou por morrer à minha frente. Ainda me lembro dos olhos dele... Isso matou-me. A morte do meu pai foi a coisa mais triste que aconteceu na minha vida", sublinhou.
"Três dias depois" deu-se o funeral do pai, mas também uma cirurgia da mãe. "A minha mãe ia ser operada, porque tinham-lhe detetado um cancro. E o meu pai a ser enterrado, porque tinha morrido com um cancro. Nem conseguia falar...", lembrou.
A concorrente do "Big Brother" não entrou em detalhes sobre o atual estado de saúde da progenitora, optando apenas por dizer que "se tem mantido fina". "A minha mãe tem muita força de viver e sei que vai conseguir!", salientou.
Veja, agora, a "Curva da Vida" de Patrícia Silva e as respetivas reações.