No segundo episódio da rubrica Bem Me Quer by Barral, falamos sobre o papel do pai e respondemos a muitas das questões sobre o tema que nos foram colocadas pelos seguidores nas redes sociais. Desta vez, a coordenadora editorial da SELFIE, Cátia Soares, conta com a presença habitual da psicóloga Tânia Correia e de um convidado muito especial: o apresentador João Montez.
Um dos temas abordados tem a ver com o impacto da ausência da figura paterna.
No caso de estarmos a falar de um pai ausente, há vários aspetos que devemos ter em atenção, como recomenda a psicóloga Tânia Correia: "Quando temos uma criança na fase egocêntrica, que vai mais ou menos até aos sete anos, ela vai virar tudo o que acontece para ela. Ela não vai ter a capacidade de perceber que o pai se foi embora porque tem dificuldade em estar envolvido na família, porque não é uma pessoa responsável ou porque não consegue criar vínculo. Ela não vai criar estas hipóteses. O que ela vai sentir é: 'O meu pai foi embora, porque eu não fui suficientemente capaz de o manter perto de mim. Não fui uma criança interessante, não fui divertida, não cativei o meu pai.' Vai virar para ela, vai assumir essa responsabilidade com peso, que é a culpa. Então, nós precisamos de fazer um trabalho com as crianças de reforçar muito a essência delas, o quão maravilhosas elas são e como elas não são responsáveis pelas escolhas dos adultos."
Bem Me Quer by Barral é uma rubrica sobre maternidade, parentalidade e saúde mental de pais e filhos. Neste projeto, a SELFIE conta com a psicóloga Tânia Correia e com o apoio da Barral, um parceiro que se preocupa, acima de tudo, com o bem-estar das famílias.
Tânia Correia | Psicóloga, mestre em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental na área da infância e adolescência | OPP: 24317