Bárbara Guimarães não põe de lado a ideia de o cancro da mama contra o qual batalhou ter sido uma consequência da delicado período da vida pessoal pelo qual estava a passar, com uma intensa batalha judicial com o ex-marido, Manuel Maria Carrilho.
"Pode ter sido, porque não há muitas histórias [de cancro] na família. Acho que houve um desgaste muito grande, judicial, emocional, tudo... E que me entristeceu as células", considerou a apresentadora, esta quarta-feira, dia 19, em conversa com Júlia Pinheiro.
Da luta contra o cancro da mama, Bárbara Guimarães destacou o processo de aceitação da doença. "Tive de aceitar. Lembro-me de não ter resistência nenhuma e de, quando conseguia sair de casa, subir uma escadaria, que demorava imenso tempo… Tive de admitir que o meu corpo não estava em condições para isso, tive de dar tempo ao tempo ao meu corpo e tive de aceitar uma coisa, que é um bocadinho dolorosa, que é admitir verdadeiramente o cancro dentro de mim. Até o chamei de passageiro clandestino. Tem de se aceitar. Demorou um bocado, mas percebi que sou muito mais forte do que aquilo que verdadeiramente imaginava", disse.
No vespertino da SIC, a apresentadora recordou ainda o momento em que decidiu não usar mais perucas. "É como sou, é como estou, é continuar... O importante era que estava a correr bem e era eu acreditar que ia correr bem. O cabelo nem foi o pior. O pior foram as pestanas. Fica-se sem filtros, entram-se os poros todos e está-se permanentemente a chorar", descreveu, orgulhosa do seu corpo. "Unhas, cabelos, cicatrizes... Essas coisas todas deixam de ter importância. Eu gosto do meu corpo, tenho orgulho!", salientou.
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