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Ex-companheira de António Pedro Cerdeira acusa ator de violência doméstica e exibe imagens chocantes

Susana da Silva fez revelações chocantes sobre o ex-companheiro, o ator António Pedro Cerdeira.

António Pedro Cerdeira está a ser acusado de violência doméstica pela ex-companheira, Susana da Silva, que fez revelações chocantes, em exclusivo, no programa "Dois às 10", da TVI, sobre o que terá sofrido, durante sete anos.

"Diria que vivi o pesadelo durante sete anos, em que era agredida verbalmente e fisicamente. Mas não eram agressões tipo empurrões ou chapadas. Eram murros na cabeça, pontapés, [atirava-me] bancos, que me abriam a cabeça", começou por dizer, durante a entrevista que concedeu ao repórter Bruno Caetano.

"A primeira queixa foi feita no dia 9 de outubro de 2020. Sete dias depois, a minha mãe, infelizmente, morreu, porque não suportou ver o meu corpo. A minha mãe gostava muito do Pedro, portanto, foi uma grande desilusão. E da minha parte também, que lhe mentia", continuou.

Susana da Silva, que mostrou, também, imagens não menos chocantes das alegadas agressões. "O António Pedro Cerdeira estava de ressaca. Ele tem um carácter muito ciumento, manipulador, castrador, onde a mulher não é nada. Estava na cozinha e dizia: 'Pedro, por favor', para ele parar. Fui para a suite e ele veio provocar-me. Voltei para a cozinha, pegou num banco e mandou-me. Comecei a sangrar e ainda tive de limpar o sangue, a chorar e mal, porque comecei a ver o sangue a escorrer. Liguei para uma amiga, que me disse: 'Tira já uma fotografia disso, por favor'. Não fui para o hospital, tratei-me sozinha, coisa que, na Medicina Legal, me disseram: 'Como é que se tratou sozinha?'", adiantou.

Bruno Caetano quis, então, saber o motivo pelo qual a entrevistada só apresentou queixa em 2020. "Não sei, foi a gota de água. Ele tinha ido almoçar com o meu pai e eu já estava a sentir a voz dele assim... nós as mulheres sentimos a angústia na voz da outra pessoa. Quando entrei no carro, houve um episódio, outra vez, de ciúmes. Eu, que passei a tarde toda com a minha mãe, e começou a dar-me murros na cabeça. Saí do carro em andamento e decidi que ia mostrar à minha mãe. Os meus pais não acreditavam", respondeu a ex-companheira do ator.

Susana da Silva contou, então, o episódio em que contou toda a verdade aos pais. "Fiquei nua à frente dos meus pais, não viam nua desde os dez anos. A minha mãe começou a tirar fotografias e disse-me: 'Vais dormir, mas depois vais fazer queixa. Se não, não entras mais em casa'. Fui fazer queixa e a minha mãe faleceu sete dias depois", afiançou.

"Liguei ao Pedro, gosto do Pedro, gostei muito. Ele ajudou-me muito no meu luto e ele disse-me: 'Por favor, retira a queixa, retira a queixa'. Naquele momento... e aquela paixão, pensei: 'Ele vai mudar'. Mas eles nunca mudam, digo já às mulheres todas: os homens que batem não mudam", disse, ainda.

A entrevistada de Bruno Caetano acabou por só sair de casa no dia 4 de junho deste ano. "Eu saí de casa, da nossa casa. Entrei em casa, com uma amiga, abri as portas todas, estava tudo fechado. Tive uma luz, não sei o que me aconteceu... foi a primeira vez que fui violenta, peguei num pedregulho e parti a janela de casa, para entrar na nossa casa. Saí daquela casa com a GNR e com o meu pai. Nunca fui violenta, nunca bati, nunca agredi. Nessa noite, sim, para me salvar", contou.

"Não desejo prisão ao António Pedro Cerdeira, mas desejo que seja punido, que tenha vergonha na cara, do que anda a fazer às mulheres, porque também é pai, também é irmão. Eu tinha muito respeito pela mãe dele, que, inclusive, me disse: 'Espero que o meu filho não lhe bata'", rematou.

No matutino da estação de Queluz de Baixo foi, entretanto, revelado que "o processo já deu entrada no Tribunal de Sintra, onde Susana da Silva já foi ouvida, bem como alguns amigos do ex-casal".

Recorde-se que António Pedro Cerdeira e a ex-companheira estava juntos desde 2013, depois de se terem conhecido num evento.

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