No Instagram

Após ser criticada, Anitta responde à letra e compara-se a Carmen Miranda

Foi nas redes sociais que a cantora Anitta decidiu escrever um longo texto, no qual reagiu aos comentários negativos de que tem sido alvo.

  • 28 jun 2022, 14:57
Redação

Um texto escrito pelo jornalista André Carvalho Ramos, da CNN Portugal, relativamente à forma como os meios de comunicação expõem Anitta, não deixou indiferente a cantora brasileira.

"Por que haverá tanto escárnio em torno de Anitta? Ainda antes do concerto, um repórter em direto passava em revista os artistas que iam tocar nesse dia. De todos - todos homens - elencou um conjunto de sucessos profissionais. Sobre Anitta - mulher - reduziu-a a uma artista que tinha perdido a bagagem com a roupa para o concerto, mas pouco importava, porque usava pouca roupa em palco", começou por escrever o jornalista, na legenda de uma imagem da cantora que partilhou nas redes sociais.

André Carvalho Ramos aproveitou, ainda, para enumerar algumas das causas que a cantora Anitta defende. "Anitta está a ser criticada por ter defendido a Amazónia. Também defende os direitos das mulheres, os direitos LGBT e outros mais. Mas o que importa isso ao lado de uma bandeira que segurou durante breves instantes?"

"Faz - e bem - aquilo que bem entende com o corpo. Cresceu por conta própria, numa dimensão que pode inspirar tantos outros que, hoje, ouvem funk da e na favela. Mas, para o tal repórter e outros que tais, é apenas alguém que usa pouca roupa", acrescentou o jornalista da CNN.

No Instagram, Anitta partilhou a publicação feita por André Carvalho Ramos e aproveitou para comentar o assunto.

"Li este texto e resolvi responder aqui. Porquê? Porque tudo o que estimula mudança ou evolução incomoda. Até quando? Pergunta o jornalista. Até quando eu morrer, claro", começou por escrever Anitta.

A cantora acrescentou, ainda, que, também, a musa de Anitta - Carmen Miranda - sofreu o mesmo tipo de julgamento: "Aconteceu igual à rainha Carmen Miranda. Ela não aceitava submeter-se a ser o que o povo queria, para ser amada. Ela queria revolucionar e ser ela mesma sem 'papinho furado'."

Anitta aproveitou, também, para recordar os feitos de Carmen Miranda e como a artista foi importante para a cultura, em tempos de guerra. "Lutou, batalhou, revolucionou. Mas faleceu triste, pois não teve o reconhecimento merecido. E isso aprendi com a minha musa. Se não me quiserem reconhecer, não tem problema. Eu mesma darei os meus créditos merecidos. E quem disse que me estou a achar está coberto de razão, mas a humildade irá sempre prevalecer", disse.

Para terminar, Anitta explicou que a música que faz será, sempre, para unir pessoas e nunca o contrário. "Se, um dia, algum argentino quiser levar a bandeira do país para algum show meu no Brasil, por exemplo, não terei problema algum em pegar na bandeira argentina em solo brasileiro, como agradecimento por ter viajado de outro país para me ver cantar. A minha música é feita para unir. O meu show nunca vai ser um palco que apresenta rivalidade", rematou.

Veja, agora, a publicação do jornalista André Carvalho Ramos e as reações de Anitta, na galeria que preparámos para si.

Relacionados

Patrocinados