Durante a conversa, datada de 2013, Rodrigo Guedes de Carvalho revelou como se despediu dos avós, referências importantes na vida do jornalista.
"O meu avô morreu primeiro e a minha avó foi retirada da casa do Porto, foi viver com um tio meu", começou por contar o jornalista.
"Depois, morre a minha avó. Eu fui daqui ao Porto, ao funeral e, antes de fecharem o caixão, dei-lhe um beijo, disse-lhe uma coisa ao ouvido", prosseguiu, antes de revelar: "Saí sozinho, parei em frente à casa, peguei numa moeda que era importante para mim, beijei-a, disse outra coisa, mandei a moeda para o meio do jardim e nunca mais lá passei."
O jornalista tem sido bastante mediático nos último tempos, com muitos a elogiarem a atitude pedagógica que tem tomado no "Jornal da Noite" em relação à pandemia do coronavírus, mas com muitos outros a criticarem a "postura paternalista".
Rodrigo Guedes de Carvalho usou as redes sociais para rebater as críticas, contrapondo com os mais de 30 anos de profissão. "Reforço apenas que o jornalismo que estudei e que trago na consciência não se adequa, de facto, a modelos de robô ou papagaio. Defendo que o jornalismo pode e deve, quando se aproxima da nossa aldeia um cão perigoso, colocar um aviso. Servir a comunidade. Se calhar estou fora de moda. Por esta altura, quero só pensar em ir trabalhar todos os dias, com saudades dos meus filhos com quem combinei não me visitarem. Farei o meu papel. Não percam tempo comigo, isto não é sobre mim. É sobre a transformação da nossa vida. Quem não percebe isto, não percebe nada", sublinhou.
Entretanto, no Instagram, o jornalista anunciou que vai ficar de quarentena. "Eu triste por não ir trabalhar nos próximos dias, gosto das frentes de batalha, é lá que pertenço. Eu contente a pensar no sofá, livros e filmes que tenho em falta. Cuidem-se. Até breve", escreveu o jornalista.