Morar sozinho sempre foi, mais do que um sonho ou desejo, um objetivo. Essa meta foi prioritária em relação a outras, e aconteceu perto dos 19/20 anos.
Hoje em dia, continuo a morar sozinho, algo opcional, e, embora existam dias mais simples e outros menos simples de passar, a verdade é que estar por casa, no meu silêncio, com as minhas coisas, será, sempre, algo que me equilibra e me restabelece.
Desde que surgiu a pandemia, continuei, sempre, a trabalhar, com o ritmo possível, obviamente, dando preferência a tudo o que tenha lugar a partir da minha casa, que se tornou o meu escritório central. Raramente, tenho ido ao meu atelier na Avenida da Liberdade. Desde as reuniões via Skype, até às formações que passaram, nesta fase, a ser digitais, tendo lugar por Zoom.
Senti necessidade de ser mais criativo para otimizar o tempo, fiz um valente detox no meu closet e doei muitas peças, fiz, também, uma página de Instagram, na qual vendo outras.
No primeiro confinamento, dei-me conta de que existiam pessoas que tinham esgotado as ideias do que fazer com as horas dos seus dias, acabando por "deambular", tempos sem fim, pelas redes sociais, e acabei por organizar três workshops de styling gratuitos para os meus seguidores, tudo de forma online.
Mantive os meus horários e as minhas rotinas, dentro do possível. Até os treinos passaram do ginásio para o exterior e, acima de tudo, para casa, estando a ter treinos online com o meu personal trainer.
Embora goste de estar por casa, e tenha consciência de que este esforço não é só meu, mas de todos, sinto muitíssima falta das minhas pessoas, da minha gente... dos amigos e da família, principalmente dos meus pais e irmãos.
Estou sedento do seu toque e da energia curativa que só nesse abraço encontro.