Patrícia Matos: "Quando o meu coração gela, não há qualquer outra hipótese"

A propósito do último ano, Patrícia Matos escreveu um longo e emotivo texto no blogue, recordando como aprendeu a praticar o desapego.

"Aos 33 pratiquei, finalmente, o desapego! Não é fácil, especialmente quando se vive com a ideia (errada) de que precisamos de muito para viver: muito espaço, muitas coisas e muitas pessoas. E depois a outra parte: muita realização que só se consegue com uma agenda cheia de compromissos. Nada mais errado. Precisamos só de quem nos faz bem. Neste ano que termina aprendi a libertar-me de pessoas tóxicas, mesmo que não percebesse que o eram. Nem sempre conseguimos ter discernimento para ver isso, daí que quem está de fora veja muito melhor que nós. Às vezes… é preciso recuar, respirar e olhar de novo e perceber que, afinal… nada nos prende ali. Isto é válido para todas a gente: conhecidos, amigos, família. ‘Deixar ir’ foi das provas de sobrevivência mais exigentes da minha vida. Mas, a partir do momento em que acontece, acontece para sempre", começou por escrever a pivô do "Diário da Manhã", no blogue Deve Ser De Mim.

Patrícia Matos deu-nos, ainda, a conhecer um pouco da sua personalidade: "Quando o meu coração gela, não há qualquer outra hipótese. E eu sei, eu sinto. Até posso tentar dar outra oportunidade, mas… quando a desilusão se instala, meus amigos, já era. Antes, insistia mais, os 33 ajudaram-me a ‘poupar tempo’. A vida é o que é. Sim, tive umas situações (estupidamente) mais difíceis do que outras, mas não temo ter agido de forma errada. Estou muito tranquila com essas decisões. Afinal, somos nós que mostramos como gostamos de ser tratados. Certo?"

No blogue, a jornalista falou, também, sobre aquela que foi uma das maiores lições da sua vida: "Faz-nos falta para viver com o mínimo conforto, mas… é só papel."

Sem ressentimentos nem arrependimentos, Patrícia Matos escreveu, ainda, sobre o seu maior orgulho: "Todos os dias me deito e levanto muito tranquila: não dependo de nada nem de ninguém. Nunca dependi. Esse é o meu maior orgulho. Posso perder hoje tudo o que tenho, que amanhã começo do zero. Não, do -1. E vou conseguir fazer tudo outra vez. Como disse numa entrevista no final de 2017, ‘se deixar de ser jornalista posso ser outra coisas qualquer’ e posso! Ah, posso mesmo!"

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