Afinal, o que mudou mesmo no segundo restaurante do "Pesadelo na Cozinha"?

Num espaço localizado no centro do Fundão, poderíamos ter encontrado os melhores sabores da Beira Baixa. Mas depois de vermos o segundo episódio de "Pesadelo na Cozinha", percebemos que a passagem do Chef Lujbomir Stanisic não mudou alguns dos velhos hábitos de quem gere o "Dom Dinis".

  • 17 set 2018, 11:44

Chegados na hora de jantar, encontrámos um restaurante praticamente vazio, onde apenas eram servidas duas famílias. A decoração está igual àquela que vimos no episódio exibido, este domingo, na TVI. Paredes verdes e muitos livros como elemento decorativo, respeitando o passado histórico da cidade onde nasceu o poeta Eugénio de Andrade. Ficámos com pena de não nos ter sido oferecida a possibilidade de jantar na esplanada, já que o calor que se fazia sentir era muito.

Ana, a empregada de mesa, recebeu-nos sempre com muita simpatia. Cátia ainda está na cozinha, mas já de Hugo, proprietário do restaurante, nem sinal. O couvert colocado na mesa foi aquele que vimos ser servido, pela primeira vez, a Lujbomir Stanisic. Pão, azeitonas, manteigas de pacote e um paté de atum, caseiro, mas não muito diferente do que vemos noutros estabelecimentos. Das entradas sugeridas pelo Chef, apenas encontramos na ementa as cascas de batata com molho de alho.

Para os pratos principais, também são poucas as sugestões de Lujbomir Stanisic que se mantêm. Nada de maranhos, de empadão de cordeiro ou de peixe-rei fritos. Já as iscas à portuguesa, sugeridas pelo chefe, ainda estão na ementa. 

Pedimos o bife da vazia, servido com salada com molho de iogurte e batata frita, e a pota grelhada, servida com esparregado e batata a murro. Nenhum dos pratos se destacou pela excelência, faltando um bocadinho mais de tempero e um melhor corte da peça de carne. As doses são bem generosas, por isso, há sempre a possibilidade de levar parte da refeição para casa.

O ponto mais alto da refeição foi, sem sombra de dúvidas, a sobremesa. Umas farófias deliciosas e preparadas no ponto, que relembram a cozinha de qualquer avó portuguesa. 

O preço é mesmo muito convidativo, sobretudo se quiser ter um almoço rápido e de passagem. O que falta ao "Dom Dinis" é mesmo conseguir integrar os ensinamentos de Lujbomir Stanisic no seu dia-a-dia e na sua ementa.

Relacionados